16/02/2021 10:19
Pelo menos 462 pacientes oncológicos estão aguardando por um exame de ressonância magnética na rede pública de saúde. A informação foi passada por representantes da Prefeitura durante a reunião semanal com os ministérios públicos Federal e Estadual. No encontro ficou acordado que o município tem 45 dias para atender a demanda e zerar fila.
Os problemas com a realização desse tipo de exame começou no ano passado e vem sendo questionado desde então pelos ministérios públicos. O único aparelho de ressonância que realiza os procedimentos pelo SUS fica no Hospital Alcides Carneiro (HAC) e estava quebrado desde novembro de 2020.
O conserto só aconteceu agora e o equipamento voltou a funcionar na semana passada. Com o aparelho quebrado e com a pandemia da covid-19 que atrasou a realização dos procedimentos, houve uma demanda reprimida e uma imensa fila se formou na procura pelo exame.
Além da ressonância, as tomografias também estão com uma enorme demanda reprimida. Na reunião, os representantes da Secretaria de Saúde informaram que há 1.200 pacientes provenientes do Centro de Terapia Oncológico (CTO) aguardando na fila. No entanto, eles afirmaram que o sistema de informatização da rede municipal de saúde não especifica o exame pedido (se é oncológico ou não), “o que não daria para saber quantos pacientes do HAC constam na lista, mas que a listagem será depurada” para identificar essas pessoas.
O aparelho de tomografia, que funciona no HAC, também estava quebrado e voltou a operar na semana passada. De acordo com a Prefeitura, a ressonância, que funcionava das 7h30 às 18h, agora atende até 21h30. A previsão é que, com o equipamento, o município consiga fazer 500 exames por mês, com prioridade, neste início, para pacientes da oncologia. O prazo máximo estipulado pelo MP é de 45 dias, mas o município a Secretaria de Saúde, frisou por meio de assessoria de Comunicação, que trabalha para agilizar este atendimento. Já o tomógrafo está funcionando 24h. A capacidade é de dois mil exames por mês.