Petrópolis tem 15 escolas sem aulas presenciais afetando 3,5 mil alunos
Com 15 escolas sem aulas presenciais, Petrópolis tem pelo menos 3,5 mil alunos fora dos bancos escolares por causa das chuvas. Deste total, 11 estão servindo para acolher os desabrigados das chuvas. O restante são espaços que não podem ser acessados por causa de barreiras no entorno. Os alunos dessas unidades são os mais prejudicados na crise educacional que se instalou a partir de março de 2020, início da pandemia da covid-19. Depois de 24 meses entre aulas suspensas, remotas, ensino híbrido e um rápido retorno ao presencial, os estudantes dessas unidades pararam de novo por causa das chuvas do dia 15 e suas consequências.
Aulas perdidas
É fundamental que a prefeitura consiga dar o acesso as quatro unidades que têm barreiras no entorno e que desocupe as 11 unidades que funcionam como abrigos conseguindo para as vítimas das chuvas casas apropriadas. Nesta lista estão incluídas a Escola Municipal Vereador José Fernandes da Silva, no Alto da Serra, atingida diretamente por barreira e a Celina Schechner que tem aulas remotas apenas porque está em obras. E até então a prefeitura ainda não anunciou se haverá pelo menos aulas remotas para os alunos dessas 15 unidades. Por enquanto, informou apenas que haverá reposição das aulas perdidas.
Sem abrigão
Talvez os mais novos desconheçam, mas o fato é que após as chuvas de 1988, o prefeito Gratacós, que assumiu na sequência, criou o “Abrigão do Alto da Serra”. Isso porque na enchente daquele ano, os desabrigados foram para escolas, que suspenderam as aulas, uma prática recorrente a cada tragédia. No entendimento daquele governo como não daria para remover milhares de famílias de áreas de risco de uma hora para outra seria necessário um espaço para acolher as pessoas no caso de chuvas fortes, por isso a criação do abrigão. Porém, gestões seguintes, transformaram o espaço para outra finalidade como acolher população de rua e o objetivo principal do abrigão foi perdido.
Concerto por Petrópolis
A Fundação Nacional de Artes (Funarte) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) organizaram o “Concerto por Petrópolis” que acontece em dois dias: hoje, às 19h, no Teatro Dulcina, no Rio e, sábado, às 19h, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis. A Orquestra Sinfônica da UFRJ vai apresentar compositores ligados à cidade como Guerra-Peixe, Ernani Aguiar e Octávio Maul. A renda reverte para desabrigados das chuvas acolhidos pela Paróquia de Santo Antônio do Alto da Serra.
Deixa que eu deixo!
A reocupação de casas condenadas pela Defesa Civil começa assim, com jogo de empurra. O Estado disse que demoliu apenas o posto de gasolina na Rua Teresa e o resto é com a prefeitura. Já a prefeitura sobre a questão especificamente saiu pela tangente.
Ficou ainda menor
E a gente lembra que a tragédia acabou sendo um ‘lançamento’ do embate de Castro X Freixo rumo ao governo do estado. Logo nos primeiros dias se digladiaram nas redes sociais com Castro levando vantagem e explanando Freixo apelidado de ‘Zé do Caixão’. Aí seguiram imagens nas redes sociais expondo Freixo e seus sapatos limpos que mal tinham pisado na lama. Freixo saiu daqui ainda menor do que quando chegou: mostrou que na sua campanha vai valer tudo.
Deputado zona sul
Petrópolis na rota da ‘zona sul’ de Marcelo Freixo? A vinda de Freixo à cidade após a tragédia das chuvas fez parte de uma tentativa do deputado federal, considerado um político da ‘zona sul’ do Rio, deixar para trás essa pecha. O plano é deixar de ser prisioneiro do voto universitário da zona sul carioca e ganhar uma amplitude na baixada e região metropolitana. Mas, a tentativa de usar a nossa mazela como trampolim foi frustrada. Não funcionou mesmo.
Pobre no centro?
Vai começar em 3, 2, 1 o mimimi sobre o uso de 32 unidades habitacionais na Floriano Peixoto, prédio comprado pela prefeitura, pelos desabrigados. Onde já se viu pobre morando no centro da cidade? Vai vendo que não demora para alguém questionar que o local ‘não suporta’ tanta gente.
Problema é outro
Por outro lado, o tal prédio tem 20 quitinetes e 12 apartamentos de um quarto. Ficará bem difícil abrigar famílias numerosas.
Bolsonaristas no PTB
E o PTB de Roberto Jefferson agora presidido pelo ex-genro Marcus Vinicius, ex-Neskau, cumpriu o que tratou com o presidente Bolsonaro. Abriu as portas para os bolsonaristas. De Petrópolis um dos primeiros a se filiar foi Elias Montes que foi candidato a prefeito em 2020 e conquistou 16 mil votos. Mas a grande aquisição do partido vai ser o deputado federal Daniel Silveira que, dizem, é dono dos votos de Elias… Silveira pode vir candidato ao Senado.
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br