Petrópolis soma R$ 189 milhões em ajuda pós-tragédia
Mas, afinal: quanto Petrópolis ‘recebeu’ de ajuda financeira governamental para as obras emergenciais de reconstrução do que foi atingido pela tragédia de 15 de fevereiro? São pelo menos R$ 189 milhões. São recursos que já chegaram e estão nas contas da prefeitura e outros que vão ser executados pelas próprias esferas.
R$ 150 milhões do Estado
O governo do Estado segue com o maior aporte, mas com ele próprio fazendo as obras. São R$ 150 milhões em cinco principais intervenções: Rua 24 de Maio, com obras de contenção e movimentação de terra; Washington Luiz, com contenção da margem do rio e a repavimentação de uma ponte, Castelânea, com contenção, drenagem e recuperação de vias; Rua Teresa, obras de contenção de encostas e pontos emergenciais no Túnel Extravasor do Palatinato, que teve sua galeria rompida, interditando parcialmente algumas vias. E nesta conta não entra o que foi gasto com retirada de barreiras e ações imediatas após as chuvas.
R$ 30 milhões da Alerj
Ainda no âmbito estadual, a Assembleia Legislativa mandou para as contas da prefeitura R$ 30 milhões. O governo federal diz que já repassou R$ 6,3 milhões para Petrópolis e os vereadores anunciaram que devolveram R$ 2,7 milhões. Some-se a esses valores mais R$ 248 mil que cidadãos e empresas doaram em uma conta especial da prefeitura.
Acompanhamento
A gente ressalta aqui que para acompanhar o uso desse dinheiro o que não falta é comissão. A última foi montada pelo Senado e tem ainda na Alerj, governo do Estado, prefeitura e uma frente parlamentar de vereadores. Se elas vão cooperar entre si aí é outra história. Talvez os egos não permitam.
Frota própria ou aluguel?
O presidente da Câmara de Vereadores, o ex-interino Hingo Hammes, dá sinais de que pretende mudar o sistema de veículos dos parlamentares. Hoje há uma licitação, no valor de R$ 310 mil, ainda não definida visto que há vários pedidos de impugnação e recursos, para a contratação de seis carros alugados.
É Uber, gente!
Outra, de manutenção dos veículos próprios, acabou sendo revogada. E há ainda uma terceira valor de R$ 586 mil para a compra de seis carros novos, ainda em andamento. Mas, apesar desta aquisição, Hingo estaria planejado dar esses carros à prefeitura. Não que os vereadores possam fica a pé. Mas está sendo levantada um contrato mais amplo de aluguel de toda a frota. Partisans, práticos que somos, queríamos dar uma outra sugestão: dá um crédito mensal e cada um chama um Uber.
E o contrato da Educação?
Mais difícil de ver do que cabeça de bacalhau, o contrato de R$ 46 milhões com a De Sá, para a admissão de 1,1 mil profissionais para a Educação, tudo indica foi renovado. Como era de seis meses e vencia em março e a deficiência da rede continua a mesma sem concurso público e com contratação por RPA vetada pela justiça, logo… Mas, ele deveria aparecer como manda a lei e ser colocado no Portal da Transparência. Sua ausência neste livre acesso dos cidadãos já implica em responsabilidades não apenas para a gestão Hingo Hammes que sacramentou o contrato sem licitação, de forma emergencial, mas para a atual, de Bomtempo, que também não torna público o documento.
Sem teto
O calcanhar de Aquiles da Secretaria de Desenvolvimento Econômico não é o Distrito Industrial da Posse que não vinga de jeito nenhum. É a licitação para… telhado! A licitação para o telhado do centro de atendimento aos feirantes na Souza Franco foi deserta em uma primeira tentativa e declarada fracassada na segunda.
Retorno
Vamos vender o peixe pelo mesmo preço que compramos: como o deputado Áureo, dono do Solidariedade, está por aqui com o vice-prefeito, Paulo Mustrangi estaria vendo um novo pouso, talvez o PT que o elegeu prefeito em 2008.
Barbas de molho
Sobre a votação das contas de 2016 de Rubens Bomtempo rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado, vereadores devem dar parecer favorável, já que agora o prefeito tem maioria no legislativo. Nos corredores da Câmara a alegação para a aprovação é de que até as eleições o povo esquece. Não sei, não… Teve vereador na legislatura passada que pensou assim e que não conseguiu se reeleger.
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