• Petrópolis será palco das comemorações pelos 200 anos da Independência do Brasil

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  • 05/12/2017 10:35

    Petrópolis será um dos principais palcos das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, que serão celebrados em 2020. Os festejos já começam no ano que vem e o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, anunciou que a cidade e o Museu Imperial estarão no epicentro da programação.

    O anúncio foi feito durante a inauguração da exposição “Missivas imperiais: cartas de Dom Pedro II”, na manhã de ontem, no Museu. ”Os festejos começam já em 2018 e Petrópolis fará parte desta grande festa. Exposições, filmes, lançamento de obras e diversas manifestações culturais fazem parte da programação. O objetivo é engajar os brasileiros nesta grande festa e, principalmente, buscar a valorização das nossas raízes e das pessoas que foram importantes na Independência do Brasil”, destacou o ministro.

    O prefeito Bernardo Rossi colocou a Prefeitura e os equipamentos turísticos e culturais da cidade à disposição. “Estamos engajados já a partir de agora nesta iniciativa”.Tanto o prefeito quanto o ministro destacaram o entrosamento da cultura e turismo como alavanca para o desenvolvimento econômico. “Cultura e turismo representam 5,8% do PIB brasileiro”, disse Sergio Sá Leitão.

    Cartas de Dom Pedro II já podem ser vistas pelo público

    A exposição “Missivas imperiais: cartas de Dom Pedro II” já está aberta ao público. A mostra, inaugurada ontem, leva ao público o conteúdo de cinco cartas assinadas pelo imperador brasileiro e que revelam não apenas o cotidiano de trabalho de Dom Pedro II, mas também o lado poético do imperador.

    “Há cartas de gabinete, do cotidiano de um imperador, e outras que traçam o interesse dos conhecimentos científicos e poéticos de Dom Pedro II”, explicou o diretor do Museu Imperial, Maurício Ferreira. “Uma das cartas lança luz a um personagem pouco conhecido, o Conde de Trapine, irmão caçula da imperatriz Tereza Cristina. Na carta, Dom Pedro II o felicita pelo nascimento da filha, Dona Fernanda”, contou Maurício.

    Em outra correspondência, o imperador manifesta o interesse de ter uma cópia do poema Le Bonheur, do poeta francês Sully Prodhome. “A carta foi escrita em 20 de julho de 1890, no exílio. Tivemos conhecimento desta correspondência porque, no diário de Dom Pedro II, que faz parte do acervo do Museu, o imperador faz menção ao poema e anota em seu diário que vai enviar uma carta pedindo uma cópia do poema. Desde 1948 nós tínhamos a resposta do poeta francês. Agora só nos falta uma cópia do poema para fecharmos esse ciclo”, disse o diretor do Museu.

    Para o ministro Sérgio Sá Leitão, essa missiva endereçada ao poeta francês revela a tristeza do imperador em estar longe do Brasil. “É a carta de um exilado”, destacou. As outras cartas que fazem parte da exposição foram enviadas pelo imperador aos cardeais Costantino Patrizi Befondi e Bilio. Nessas, Dom Pedro II agradece os votos de Feliz Natal em 1861. A mostra segue aberta ao público até 4 de março de 2018. Depois, elas seguem para o arquivo do Museu, onde ficarão em local seguro para evitar degradação.

    As missivas foram doadas ao Museu Imperial pelo presidente da República, Michel Temer. Ele recebeu as cartas do presidente russo Vladimir Putin,durante visita ao país. As correspondências foram adquiridas pelos russos em um leilão realizado nos Estados Unidos. “Essa doação faz o Museu ser o que ele é. Sempre vamos apostar em Dom Pedro II”, destacou Maurício.

    Em nome da família Imperial, Dom Manoel de Orleans e Bragança agradeceu ao presidente Temer pela doação das cartas. “É importante preservar a cultura e vislumbrar a história”, destacou ele, ao lado dos irmãos Pedro Carlos, Francisco e Cristina de Orleans e Bragança, do primo João de Orleans e Bragança e do sobrinho Gabriel de Orleans e Bragança. 

    Também participaram da inauguração o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Marcelo Araujo; a diretora do Museu Nacional de Belas Artes, Mônica Xexéo; o presidente da Sociedade Amigos do Museu Imperial, Miguel Pachá; o prefeito de Levy Gasparian, Valter Lavunas; os deputados federais Cristiane Brasil e Cabuçu Borges; e o deputado estadual, Marcus Vinícius. 

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