• Petrópolis registrou sete casos de Oropouche em 2025

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  • 13/fev 08:27
    Por Wellington Daniel | Foto: Coleção de Ceratopogonidae do IOC/Fiocruz

    Petrópolis registrou, em 2025, sete casos confirmados de Oropouche. É o que apontam os dados do painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde. Em todo o Estado do Rio, a doença transmitida principalmente pelo mosquito pólvora ou maruim, já infectou a 207 pessoas neste ano.

    Em última nota técnica, divulgada no final de 2024, o Ministério da Saúde informou que não há uma predileção de gênero para a ocorrência da doença. No entanto, alertou que houve um caso de anomalia congênita no Acre associado à infecção. A nota confirma a transmissão vertical no Brasil, ou seja, quando a doença passa da mãe para o bebê. Com isso, reforçou a orientação para grávidas.

    Transmissão ocorre principalmente por meio do Culicoides paraensis (maruim). Ilustração: Ademildo Mendes – SVSA/MS.

    Ainda segundo o Ministério da Saúde, foi observado a partir de investigações epidemiológicas que os casos são predominantes em residentes de municípios de pequeno porte, com perfil de agricultura de subsistência. A faixa etária mais afetada está entre 20 e 49 anos, ou seja, a população economicamente ativa.

    O quadro clínico da Oropouche é considerado agudo. Os pacientes apresentam febre de início súbito, dor de cabeça prolongada e intensa, dor muscular e dor articular. Também há relatos de tontura, náuseas, vômitos e calafrios. Estes sintomas duram de dois a sete dias. Em 60% dos casos, as manifestações iniciais ou mais leves voltam a ocorrer depois de uma ou duas semanas.

    A Secretaria Municipal de Saúde de Petrópolis informou que não existe nenhum óbito suspeito da febre oropouche no município até o momento.

    A pasta também informou que a recomendação para a população é a mesma para o combate ao mosquito da dengue: evitar água parada em plantas, calhas ou qualquer outro lugar da casa. É importante ainda usar repelente para evitar o contato do mosquito culicoides paraensis, também conhecido como maruim, transmissor da febre oropouche.

    A nota ainda diz que o município tem intensificado as ações de conscientização, com a distribuição de panfletos informativos nos terminais de ônibus da cidade. Além disso, as equipes têm visitado residências para vistoriar e evitar criadouros de mosquitos, tanto da dengue quanto da febre oropouche. No mês de janeiro de 2025, a Prefeitura diz que foram visitadas 56.188 residências em Petrópolis.

    Veja quais são os cuidados de prevenção:

    (Fonte: Nota Técnica 117/2024/Ministério da Saúde)

    • Proteger áreas expostas do corpo com calças e camisas de mangas compridas, meias e sapatos fechados;
    • Evitar, se possível, a exposição aos maruins. O vetor tem atividade durante o dia, mas os momentos de maior atividade são ao amanhecer e no final tarde;
    • Uso de telas de malha fina nas janelas ou mosquiteiros, com gramatura inferior a 1,5mm, que não permita a passagem do vetor;
    • Não há, até o momento, comprovação da eficácia do uso de repelentes contra o maruim. Porém, sua utilização é recomendada, principalmente para proteção contra outros mosquitos, como, por exemplo, Culex spp (pernilongo), Aedes aegypti, etc;
    • Até o momento, se desconhece a efetividade de inseticidas para controle do maruim, desta forma, a medida mais efetiva é o manejo ambiental, manter o peridomicílio limpo e o solo livre do acúmulo de material orgânico, principalmente folhas e frutos de plantações como bananeiras, cacaueiros, cafezais, etc;
    • As gestantes, se possível, não devem se ocupar da limpeza dos quintais ou de quaisquer outras atividades que apresentem risco de exposição ao vetor;
    • Há demonstração da presença do OROV (o vírus causador da doença) em urina e sêmen, mas ainda não está esclarecido o potencial de transmissão do vírus por esses meios. Assim, recomenda-se o uso de preservativos.

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