• Petrópolis registrou 13 óbitos por HIV em 2023

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  • 21/12/2023 08:00
    Por Maria Julia Souza

    Nos últimos dez anos, o Brasil registrou queda de 25,5% no coeficiente de mortalidade por HIV (Aids), que passou de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, foram registrados 10.994 óbitos pela doença no país, 8,5% a menos do que os 12.019 óbitos registrados em 2012.

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Petrópolis teve a notificação de 13 óbitos decorrentes da doença em 2022. Já neste ano, até o momento, o número permanece o mesmo. Conforme foi informado pela pasta, o banco ainda está em análise e só é encerrado no ano seguinte, o que pode levar a alteração dos dados.

    Ainda de acordo com a pasta, cerca de 1.400 pessoas são acompanhadas pela equipe multidisciplinar da Área Técnica de IST/HIV/Aids e Hepatites B e C, que funciona no DIP, na Rua Paulino Afonso, 455, Centro. Além de acompanhamento médico, os pacientes passam regularmente por exames, contam com atendimento psicológico e de Assistência Social, nutricionista, dentista, além de receberem a medicação de controle, de forma gratuita.

    Recentemente, o município recebeu a Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV (transmissão de mãe para filho) do Ministério da Saúde, após avaliação do órgão federal junto às unidades de saúde e serviços da Secretaria Municipal de Saúde.

    Testes para detecção da doença

    Os testes de detecção do HIV e das demais Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são oferecidos nas unidades da Atenção Básica do município, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também os Postos de Saúde da Família (PSFs), no Consultório de Rua, no Ambulatório de Saúde LGBT+ e no Centro de Saúde. As unidades também contam com distribuição gratuita de preservativos.  

    No município, também é possível o acesso à PrEP, uma profilaxia pré-exposição ao HIV e a PEP (profilaxia pós-exposição ao HIV). A PrEP consiste no uso diário de antirretrovirais por pessoas não infectadas pela doença, com o intuito de reduzir o risco de infecção pelo vírus nas relações sexuais.

    Já a PEP, é uma medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco em casos de violência sexual; relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com seu rompimento); acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).

    A PEP deve ser iniciada até, no máximo, 72 horas depois da exposição e pode ser acessada nas urgências (UPA, Hospital Alcides Carneiro e Pronto Socorro Leônidas Sampaio) a qualquer hora do dia ou da noite, ou na Área Técnica de IST/HIV/Aids e Hepatites B e C, às segundas, terça, quartas e sextas das 8h às 16h30 e às quintas-feiras das 8h às 19h30.

    Números de HIV no estado

    Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), neste ano, até agosto, foram registrados 730 óbitos pela doença em todo o estado. No ano passado, foram registradas 1.374 mortes por Aids, com taxa de mortalidade de 7,9 por cada 100 mil habitantes.

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