Petrópolis receberá 110 mudas de cerejeiras em celebração pelos 110 anos da imigração japonesa
A beleza da florada das cerejeiras em Petrópolis vai ganhar um reforço com o plantio de 110 mudas da árvore, que é símbolo do Japão. Elas representam os 110 anos da imigração japonesa no Brasil, comemorados este ano. A maior parte das mudas – 100 delas – será cultivada no Parque Municipal, em Itaipava, onde, nesta sexta-feira, às 9h, haverá uma cerimônia para marcar o início do plantio. Outros pontos turísticos do município, como o Palácio de Cristal, o Lago do Quitandinha e o Museu Imperial, já costumam receber no mês de julho – período da rápida florada – admiradores que percorrem o chamado “Circuito das Cerejeiras”, que inclui diversos pontos turísticos e ruas pela cidade.
Para marcar a data comemorativa, 23 associações de descendentes japoneses do estado do Rio se reuniram e criaram a “Comissão dos 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil”, que está doando ao município as mudas de cerejeiras. Segundo o presidente da Associação Nikkei de Petrópolis, Kiyoshi Ami, a Cidade Imperial é a única no estado que vai receber a doação.
Petrópolis é a cidade que tem a relação mais antiga com o país, já que em 1897 foi instalada aqui a primeira delegação do Japão (representação diplomática), comprovando que os dois países mantiveram contato onze anos antes da chegada dos primeiros imigrantes japoneses no Brasil. Foi de Petrópolis que o terceiro ministro japonês à época, Fukashi Sugimura, enviou um relatório favorável à imigração para o Brasil, viabilizando a imigração japonesa.
“O Circuito das Cerejeiras, pela beleza e o encantamento das pessoas, se tornou mais um atrativo cultural e turístico da cidade, chamando a atenção de diversos grupos para os locais onde elas estão plantadas no período da florada”, explica o secretário da Turispetro, Marcelo Valente. O mês de julho é o período de florada das cerejeiras, que dura, no máximo, rápidos 15 dias. Outro ponto na cidade conhecido pelas árvores símbolo do Japão é o entorno do Lago Quitandinha. Elas começaram a surgir em 1995, quando quatro agremiações nikkeis do estado, em comemoração aos 100 anos da assinatura do “Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão”, também plantaram 300 mudas de “sakura”, nome japonês da árvore, em Petrópolis. Na ocasião, além do lago, também foram plantadas mudas no Museu Imperial e no Palácio Rio Negro.