Petrópolis precisa se unir
Do orçamento de 2018, de R$ 1,1 bilhão não vão sobrar sequer 7%, para novos investimentos.
Entra governo sai governo, a ladainha é sempre a mesma: temos que pagar a dívida do governo que sai, e vai seguindo a procissão. Dentro de poucos anos, essa “dívida” maldita vai se igualar à receita anual do município.
Em que pese o nosso sincero respeito por todos os prefeitos que por lá passaram, e o atual já tem 16 meses, ninguém até hoje teve peito ou “aquilo roxo”, para cortar de verdade pelo menos 50% do tamanho da máquina pública. Refiro-me à atividade-meio, aquela burocrática, pesada, obesa e que leva boa parte dos recursos públicos, sem nada trazer de retorno para a população, que paga tudo que lhe é cobrado e quase nada tem de volta.
Enquanto isso, a Comdep não tem trabalhador para cortar mato, limpar bueiros, fazer manutenção de nossas praças e uma infinidade de outros serviços. A CPTrams, que tem um quadro de diretores, que poderia ser cortado em mais de 50%, não tem dinheiro para comprar tinta para recuperar a sinalização de nossas ruas, para aumentar a sua frota de automóveis e caminhões, para comprar novas motos e, o principal, nunca tem dinheiro para fazer um novo programa de cargos e salários para seus homens que trabalham e bem pelas ruas do município, gente concursada, muitos com formação superior e que hoje não têm nenhuma perspectiva de carreira.
Por que será que os prefeitos ficam reféns do mandato?
Hoje, mais do que nunca, Petrópolis precisa cobrar dos seus homens públicos, inclusive da Câmara Municipal, não precisamos de amigos de campanha com emprego dos mais diversos, precisamos de atitude, de comprometimento com a população. O resto é história de boitatá.
Precisamos, mais do que nunca, eleger em outubro, deputados federal e estadual moradores, com residência fixa em nossa cidade e não os mesmos de sempre, que voltam a cada nova eleição a prometem resolver o sexo dos anjos. Admitem colaboradores aqui e em outras cidades que tem votos, juntam tudo e, quatro anos depois, se elegem e voltam a dar uma banana para a cidade.
Já tivemos em uma só legislatura três deputados estaduais e três federais. Por que não repetir?