• Petrópolis pode ser a primeira cidade do Rio a proibir o uso de copos plásticos em grandes eventos

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  • 23/02/2019 11:05

    Petrópolis pode ser a primeira cidade do Rio a proibir o uso de copos plásticos, exceto os biodegradáveis, em grandes eventos do calendário oficial da cidade, sejam patrocinados ou com o apoio da Prefeitura. A proposta, apresentada na Câmara Municipal pelo vereador Hingo Hammes, visa reduzir o volume desse material despejado no lixo: em 10 dias de festa o público utiliza, em média, 120 mil copos plásticos.

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    “Hoje, nesses eventos, esses copos acabam misturados ao lixo comum, gerando grande prejuízo ao meio ambiente”, explica o vereador, lembrando que, além dos copos biodegradáveis, outra opção são os copos retornáveis, já utilizados em alguns eventos no município.

    “Nesses casos, o consumidor, ao comprar a bebida, paga um valor pelo copo, e o utiliza durante toda a festa. No fim do dia ele pode devolver o copo e receber o valor pago de volta ou levá-lo para casa. É uma ação que estimula o consumo mais consciente e assegura benefícios diretos à natureza”, lembra o vereador.

    O Projeto de Lei apresentado na Câmara Vereadores prevê um prazo de 180 dias para adequação dos organizadores dos eventos e multa para casos de descumprimento.



    Vilões do meio ambiente

    A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos (ABRELPE) estima que são consumidos, no Brasil, cerca de 720 milhões de copos descartáveis por dia. Isso equivale a aproximadamente 1.500 toneladas de resíduos.

    Dados da Organização das Nações Unidas mostram que hoje o plástico representa 80% do lixo no oceano e pode causar a morte de diversas espécies marítimas, que confundem os resíduos com alimentos.


    Os copos plásticos

    A maioria dos copos de plástico descartáveis utilizados no Brasil hoje são produzidos a partir de poliestireno, componente derivado do petróleo, uma fonte não renovável de matéria-prima. Produtos fabricados a partir desse material não são biodegradáveis e, por isso, resistem muito tempo no meio ambiente, podendo ultrapassar os 450 anos.

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