27/maio 17:28
A Associação Comercial e Empresarial de Petrópolis (ACEP) realizou, nesta terça-feira (27), a 12ª edição do projeto Encontro ACEP – Cidades Inteligentes em Pauta, abordando um tema que abre novas possibilidades para empresas de tecnologia no estado: “Projeto Open Industry Brasil e os Impactos para a Região Serrana do Rio”.
A palestra foi conduzida pelo professor André Guedes, doutor em Engenharia Civil, com expertise em Gestão, Produção e Meio Ambiente, com foco em Inovação e Smart Cities. Em sua apresentação, Guedes destacou a atuação da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), que, desde 2016, atua diretamente com empresas, setor público e instituições promovendo a Internet das Coisas (IoT). Segundo ele, a ABINC tem como objetivo posicionar o estado do Rio de Janeiro como referência nacional em tecnologias sustentáveis, criando um elo entre empresas, universidades e governo.
A apresentação também trouxe destaque para o Data Spaces, conceito inspirado em regulamentações europeias como o European Data Act, voltado à criação de uma economia de dados segura, descentralizada e com governança clara, permitindo o compartilhamento seguro de dados entre empresas, promovendo uma nova economia digital no Brasil.
Entre as iniciativas apresentadas estão o Fundo Indicador IoT FIP, com R$ 240 milhões destinados ao fomento de startups, e estratégias de alinhamento com o programa Nova Indústria Brasil, que prevê um aporte de R$ 41 bilhões até 2026, com foco em setores estratégicos como agricultura, saúde, cidades inteligentes, energia e mobilidade elétrica.
“A Região Serrana tem uma oportunidade incrível agora com o projeto Nova Indústria Brasil. Com a Open Industry Brasil, a ABINC, parceira da Confederação Nacional da Indústria (CNI), está trazendo para a região, especialmente por meio de Petrópolis, uma chance real de gerar oportunidades, renda, emprego, inovação, tecnologia e sua transferência para o mercado. Temos investimentos direcionados a startups, com fundos capitalizados, e atuamos com fomento público-privado. A ABINC é uma parceira desse movimento nacional, e é essencial que a ACEP, como representante do segmento empresarial da região, atuando em conjunto com a FACERJ, esteja à frente desse processo”, afirmou Guedes.
Desde o início do projeto sobre Cidades Inteligentes, a ACEP tem promovido ações voltadas à implementação de iniciativas mais sustentáveis e conectadas para o município. Com base em quatro pilares: qualidade de vida, resiliência, empreendedorismo e sustentabilidade, a Associação apresentou, nos últimos seis meses, seus primeiros produtos dentro do segmento de smart cities, como a criação de um protótipo de software de atendimento para o Hospital Alcides Carneiro (HAC), a participação em editais como o Hub de Inovação e o projeto PISTA, além de um curso de pós-graduação em “Cidades Inteligentes”, em parceria com a UCP, além da presença ativa em conselhos municipais e do desenvolvimento de outros dois projetos nos setores de turismo e agrobusiness, em parceria com o CEFET e a EMATER.
“As cidades inteligentes são endógenas por essência. Não adiantam soluções prontas ou de prateleira. Petrópolis terá seu caminho único e original, pois temos capital intelectual para isso. Nossos resultados são únicos e conquistados somente pelos nossos esforços. Continuamos seguindo o nosso planejamento, ouvindo sugestões, que são sempre bem-vindas, mas sempre com princípios de ética e moral pelas nossas conquistas”, destacou o diretor de Inovações e Novos Negócios da ACEP, Roberto Musser.
Para o diretor de operações da Associação, Alney Antunes, o envolvimento das entidades parceiras públicas e privadas tem sido fundamental para os resultados alcançados até o momento. “É importante que todos os setores estejam envolvidos nesses processos. Petrópolis tem um forte potencial para se destacar dentro do conceito de Cidades Inteligentes, e, com essa união, isso se torna mais fácil.”
A próxima edição do Encontro ACEP – Cidades Inteligentes em Pauta deve ser realizada em um novo formato entre as entidades, empresas públicas, privadas e a sociedade civil, com o intuito de ampliar o diálogo e captar novas ideias que contribuam para o desenvolvimento da cidade.
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