• Petrópolis é a terceira cidade com maior número de audiências de violência doméstica agendadas

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  • 21/08/2018 16:10

    O Conselho Nacional de Justiça iniciou nessa segunda-feira (20), a 11ª edição da campanha da Semana da Justiça pela Paz em Casa, que segue até a próxima sexta em todos os estados do país. No interior do Rio, Petrópolis é a terceira cidade com maior número de audiências a serem realizadas durante estes dias, sendo 42 previstas. O município fica atrás apenas da capital, com 114 e Nova Iguaçu, na região metropolitana, com a previsão de 84 sessões. 

    De acordo com a advogada do Centro de Referência em Atendimento a Mulher, Ana Luíza Franco, esta iniciativa é importante já que muitas vezes levam meses até que as audiências sejam marcadas. As sessões são relevantes ainda, pois, através destes encontros que são cumpridas as medidas protetivas. “Na delegacia, após a mulher expor suas necessidades, é realizado o pedido da medida, que é enviado para um juiz que define em até 48 horas do que essa vítima precisa. Na maioria dos casos, acontece a restrição de todo e qualquer contato. Mas muitas das vezes, os agressores continuam as procurando e fazendo ameaças. É exatamente no momento das audiências que a mulher é questionada, inclusive, se quer ou não prosseguir com o caso”, explica Ana Luíza.

    O trabalho realizado pelo CRAM resguarda as mulheres e oferece total sigilo no caso dos atendimentos. Muitas vezes, algumas delas são, inclusive, conduzidas para um abrigo, onde recebem assistência e ficam seguras até as datas das audiências. “Aqui em Petrópolis, as medidas protetivas vem sendo muito eficazes. Na última quinta-feira, com o apoio da PM prendemos mais um homem. As estatísticas de feminicídio no Brasil estão aumentando e nosso trabalho está reforçado, para que esses casos não cheguem ao nosso município também”, frisa a Coordenadora, Cléo de Marco.

    Segundo Cléo o artifício da medida protetiva é considerado como importante ferramenta contra os agressores. “É importante que estas mulheres fiquem alertas e, caso os agressores apareçam novamente, acionem a PM, que vem atuando de forma imediata”, explica. 

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