Petrópolis come poeira no turismo com Terê, Três Rios e Miguel Pereira na frente
Depois do Parque dos Dinossauros, em Miguel Pereira, vem aí o Teleférico de Teresópolis. E Petrópolis segue comendo poeira dos municípios vizinhos que estão investindo em atrações turísticas. Isso sem se falar na volta do Trem, em Três Rios. A Prefeitura de Teresópolis publicou chamada pública para os interessados em apresentar projetos para instalação de um teleférico e parque temático em espaços do Mirante da Colina, na Fazendinha, e no bairro da Várzea – terrenos que ficam na área do futuro Parque George March. O objetivo é convocar eventuais interessados para a apresentação de estudos técnicos, visando o projeto de concessão dessas atividades que incluem estrutura de bares e restaurantes.
Ficando para trás
Petrópolis não tem um grande projeto na área desde a Bauernfest, concebida em 1989. E isso sem falar que a gente nem fez investimento de espaço físico, mas apenas cenográfico. Considerando estrutura, tivemos o teleférico, na Floresta, que funcionou de 1982 a 1993 e segue abandonado desde então. Houve uma tentativa de retomada em 2018, com a prefeitura assinando um termo de cooperação com os empreendedores originais do teleférico, mas não foi para a frente.
Dinossauros e Trem
Enquanto isso, Miguel Pereira deve bater a casa de 250 mil visitantes por ano com seu Parque dos Dinossauros, divulgado como o maior do mundo com 40 ‘animais’ do tamanho natural – como um Tiranossauro Rex de 14 metros de altura. Já o Trem Rio-Minas, que iniciará o percurso em Três Rios seguindo até Cataguases, num total de 168 quilômetros, vai começar a operar em fevereiro.
R$ 295 bi para mobilidade urbana
De acordo com o estudo Mobilidade Urbana no Brasil, da Confederação Nacional da Indústria, o Brasil precisa investir cerca de R$ 295 bilhões em mobilidade urbana até 2042 para se equiparar aos padrões de transporte público existentes na Cidade do México e em Santiago (Chile), consideradas referências em qualidade de transporte coletivo na América Latina. Dos R$ 295 bilhões estimados para a modernização do setor de mobilidade, R$ 271 bilhões devem ser destinados para expansão de linhas de metrô. Cidades como a nossa, que depende de ônibus exclusivamente, vão ficar cada vez mais para trás.
Aumenta fluxo na Serra Velha
Você conferiu aqui nas páginas de Cidade da Tribuna sobre o estado da Serra Velha, já com paralelos soltos, ainda que a reforma tenha sido finalizada há pouquíssimo tempo. Mas, a gente observa também que pode ser por causa do volume de tráfego. Com a estrada reformada, a quantidade de caminhões passando por lá para fugir do pedágio aumentou de forma considerável.
E no bairro?
Da mesma forma que esses veículos estão todos trafegando pelo Alto da Serra para acessar à Serra Velha ou acessando a cidade por ali. E como fica o trânsito nas ruas do bairro? Porque tem um alto impacto também.
E assim a gente segue
A crise dos transportes vem bem antes do episódio do incêndio e antes da pandemia, ainda que naquele período tenha ficando ainda pior. Prova disso é a linha 527-Montese – via Estrada da Saudade operada pela viação Cascatinha suprimida na pandemia e que nunca mais voltou, conforme os moradores de lá escreveram para a gente. Há um mês retornou o atendimento sendo feito pela linha 522- Luiz Pellegrini de forma precária. Um ônibus para duas localidades e com apenas três horários pela manhã e cinco à noite. Isso quando o trânsito permite que o coletivo faça os horários das viagens. Caso contrário, o ônibus simplesmente não atende a rua. Fora a condição precária do carro 5028, que faz essa linha, do ano de 2011, já caindo aos pedaços.
Food bikes
E vai ser realizada dia 24, a licitação para a escolha das food bikes que poderão atuar na Bauernfest. O lance mínimo é bem baixinho R$ 946. Mas a concorrência é grande e a valorização pelo espaço também. No ano passado teve concorrente que pagou R$ 6,2 mil pela exploração durante a festa.
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