Petrópolis cai 10 posições no ranking de saneamento básico do Instituto Trata Brasil
No Dia Mundial da Água (22 de março), um estudo do Instituto Trata Brasil mostra que Petrópolis caiu 10 posições no ranking do saneamento básico em um ano. O levantamento 2021 foi divulgado nesta segunda-feira e coloca a cidade em 30º lugar. Em 2020, o município ocupava a vigéssima posição na lista. Já em 2019, Petrópolis ficou em 39º no ranking.
O estudo analisa diferentes dimensões do setor de saneamento como a população atendida; o fornecimento de água; a coleta e tratamento de esgoto; os investimentos em saneamento e as perdas de água no sistema. Cada um desses pontos é conta com diferentes indicadores, para os quais são atribuídas notas de acordo com métodos usados no estudo.
Além de Petrópolis, as cidades de Niterói (24), Rio de Janeiro (43), Campos dos Goytacazes (45) e Nova Iguaçu (47) estão entre os 50 melhores municípios do ranking do saneamento básico do Instituto Trata Brasil. As cidades de Santos (SP), Maringá (PR), Franca (SP), Limeira (SP) e Piracicaba (SP) estão no topo da lista.
De acordo com o estudo do Trata Brasil, apesar de Petrópolis ter recebido nota máxima no índice de tratamento do esgoto, a cidade teve avaliação de 84,51% na coleta. Seguindo a metodologia do estudo, é preciso haver universalização do tratamento de esgoto e da coleta, para que o município seja melhor rankeado.
Conforme exemplificou, o estudo do Trata Brasil, Petrópolis não foi considerado como universalizado, em termos de coleta. Neste caso, o município se encontra pior qualificado do que Limeira (SP), cujo índice de tratamento foi de 81,98% em 2019, mas cujo indicador de coleta foi 97,02%, por exemplo.
Os cinco piores municípios do ranking do saneamento básico, de acordo com o instituto, são: Belém (PA), São João de Meriti (RJ), Ananindeua (PA), Porto Velho (RO) e Macapá (AP). Quatro dessas cidades perderam posições em relação ao estudo de 2020. A única que subiu no ranking foi Ananindeua, que no ano passado ocupava a última posição.
Fontes próprias são obstáculos para universalização da rede de água, diz empresa
Procurada pela Tribuna, a empresa Águas do Imperador alegou que os números do Ranking do Instituto Trata Brasil 2021 “demonstram que a dificuldade encontrada na cidade para a universalização do abastecimento de água deve-se ao fato de boa parte da população dispor de fontes próprias e, por isso, não se conectar à rede de abastecimento público, embora a legislação determine a obrigatoriedade de conexão a todos os serviços de saneamento”.
A empresa lembrou que Petrópolis continua sendo a segunda cidade do Estado do Rio de Janeiro com melhor saneamento e, mesmo aumentando a nota em alguns dos indicares do ranking, como ‘Atendimento Total de Água’, com 0,49, quando a nota máxima é 0,5; no indicador ‘Esgoto Tratado Por Água Consumida’, com percentual de 100%; e o atingimento de 89,99% no ‘Atendimento Urbano de Esgoto’; perdeu posições no Ranking nacional em razão das notas obtidas nos indicadores ‘Novas Ligações de Água e Esgoto sobre Ligações Faltantes’. No indicador referente à água, com 45,15%, e no indicador referente ao esgoto, com 18,08%.