Petrópolis arrecadou mais de IPTU este ano do que em 2021
Este ano chegaram aos cofres municipais de janeiro a abril R$ 88 milhões de pagamentos de IPTU e pouco mais de 31 milhões com ISS. Mesmo com duas tragédias das chuvas e a cidade parada em vários setores e chocada com as perdas humanas em fevereiro e abril. O ISS se manteve, se comparado a 2021, no mesmo patamar, mas o IPTU no ano passado recolheu R$ 66 milhões, quase R$ 20 milhões a menos que esse ano.
R$ 620 milhões com pessoal
Na reunião, na Câmara de Vereadores, quando foram apresentados os números das metas fiscais do primeiro quadrimestre deste ano, parlamentares analisaram como bom resultado as despesas com pessoal nos últimos 12 meses. São R$ 598 milhões com servidores e concursados da prefeitura e mais R$ 20 milhões com os funcionários da Câmara. Noves fora quase R$ 620 milhões para pegar pessoal, mais da metade do orçamento total do município.
E o Parque?
Quer ver mais um exemplo de como tem dinheiro para fazer, as coisas são anunciadas e depois ficam esquecidas? Em 2020, o governo do Estado tornou de utilidade pública para desapropriação terrenos ao longo da Estrada Philúvio Cerqueira (que liga Petrópolis a Teresópolis – BR-495) entre o Gentio e Benfica, em Itaipava. Pretendia fazer ali, o Parque Fluvial Skate Park, que seria construído pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), anúncio feito em 2013 depois da tragédia de 2011. E até hoje, nada.
Fator Claudio Castro
Esta legião de políticos que acompanha o governador Claudio Castro em todos os compromissos dele em Petrópolis quer uma carona nas obras executadas na cidade, em R$ 700 milhões. Mas, se serve de alerta, vai ser difícil descolar votos em cima disso. O ônus vai ficar praticamente na totalidade com Castro. E ainda tem o efeito contrário: pode sepultar algumas carreiras políticas locais que ficarão ofuscadas.
Disfarce
Longe de a gente perturbar o presidente da Câmara de Vereadores, Hingo Hammes, mas caso ele ainda não tenha notado tudo o que os vereadores – agora da base do governo Rubens Bomtempo – ‘cobram’ dele publicamente nas sessões com sorriso nos lábios e fazendo piadinha tem a função de embaraçá-lo.
É só uma ideia
Estamos com o Ciep do Alto Independência municipalizado – e abandonado – desde 2017. Um espaço em um dos bairros mais populosos da cidade com mais de 40 mil pessoas. Como recebemos de presente o prédio e não soubemos usar, não rolava de devolver ao estado e tentar que seja feito algum programa de formação profissional no Ciep?
Só pra saber
Longe de a gente ficar atazanando a vida de nossas autoridades legislativas municipais, mas estes mesmos vereadores que fazem oposição a Rubens Bomtempo ainda mantém números cargos em comissão no governo? Será que o governo já botou reparo nisso?
Extravasor
Obra de R$ 75 milhões, a reforma do túnel extravasor – esse que vai do Centro até o Itamarati percorrendo todo o Quissamã – é uma intervenção para lá de complexa. Não apenas porque o túnel, subterrâneo, fica abaixo de centenas de imóveis (alguns construídos sobre a sua estrutura ilegalmente) como porque, desde 1971, quando foi inaugurado, não se fez nenhum estudo sobre seu estado. A obra vai ficar por conta do Estado e podem anotar: vai demorar a ser concluída e será aquela reclamação por causa de transtornos no trânsito. Mas é para lá de necessária.
O abrigão original
O abrigão do Alto da Serra foi criado em 1989 pelo então prefeito Paulo Gratacós após a tragédia das chuvas do ano anterior que deixaram milhares de desabrigados. Eis que este ano o imóvel que deveria receber desabrigados também foi atingido por barreiras e continua ainda em processo de recuperação. Definitivamente, Petrópolis não é para amadores.
Em falta
Essa semana um idoso hipertenso e diabético esteve na farmácia da Prefeitura para retirar seus medicamentos. De uma lista de oito voltou para casa com três deles e sem a insulina que estava em falta.
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