Petróleo fecha em queda pelo quarto dia seguido, sob expectativa para reunião da Opep+
Os contratos futuros de petróleo fecharam a quinta-feira, 2, em queda pela quarta sessão consecutiva, ainda pressionados pelas expectativas de que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decida aumentar a produção novamente em sua reunião de domingo. Investidores também monitoraram o segundo dia de paralisação do governo dos EUA e as tensões geopolíticas globais.
O petróleo WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 2,10% (US$ 1,30), a US$ 60,48 o barril. Já o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), perdeu 1,89% (US$ 1,24), a US$ 64,11 o barril.
Para a Capital Economics, a Opep+ provavelmente concordará com uma reversão adicional dos cortes na produção de petróleo em novembro e há sinais de que esse pode ser um dos ajustes mais agressivos até agora.
“O maior fator de oscilação no mercado continua sendo a política de oferta”, destaca a Pepperstone. As perdas da commodity, contudo, são limitadas por preocupações de interrupções no fornecimento russo após a notícia de que os EUA fornecerão à Ucrânia apoio de inteligência para ataques de longo alcance, acrescenta a corretora.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou nesta quinta que a eventual entrega de mísseis à Kiev representaria uma escalada significativa no conflito com os russos.
Na quarta-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que um petroleiro imobilizado na costa atlântica da França cometeu “infrações muito graves” e o vinculou à chamada “frota sombra” da Rússia.
Entre outros destaques do setor, a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, anunciou que comprará a unidade petroquímica da Occidental Petroleum por US$ 9,7 bilhões, enquanto a Etiópia iniciou a construção de sua primeira refinaria de petróleo, um projeto de US$ 2,5 bilhões que está sendo construído pelo Golden Concord Group da China.
*Com informações da Dow Jones Newswires