• Petróleo fecha em alta, de olho em demanda aquecida nos EUA e apesar de dados chineses

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  • 17/jun 16:12
    Por Gabriel Tassi Lara / Estadão

    O petróleo fechou nesta segunda-feira, 17, com ganhos, diante do dólar enfraquecido contra moedas rivais, e impulsionado por sinais de demanda aquecida nos Estados Unidos, após o índice de atividade industrial Empire State ficar acima do esperado em junho.

    O WTI para agosto fechou com alta de 2,14% (US$ 0,67), a US$ 79,72 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto subiu 1,97% (US$ 1,63), a US$ 84,25 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    Pela manhã, os preços oscilaram perto da estabilidade, conforme investidores absorviam dados chineses de produção industrial e vendas no varejo mais fracos do que o esperado. Após o índice de atividade industrial surpreender para cima, os preços aceleraram. Segundo o City Index, o mercado está otimista com a demanda americana, agora que o país entra na chamada “driving season” – período que historicamente registra procura ampliada do óleo, na forma de combustível para viagens em veículos. O dado desta segunda-feira, então, somou-se às expectativas já existentes.

    “Os investidores ignoraram o aumento anual mais fraco do que o esperado de 5,6% na produção industrial chinesa e as notícias de que o refino de petróleo caiu para a taxa mais baixa neste ano, depois de mais fábricas terem sido paralisadas para manutenção no país asiático”, escreveu o City Index, em relatório de pesquisa.

    Segundo o estrategista de Commodities e Derivados do Bank of America (BofA), Francisco Blanch, os estoques de petróleo aumentaram durante o primeiro trimestre deste ano, e tudo indica que continuaram o movimento no atual trimestre, visto que a demanda global continua se atenuando.

    Blanch pontua, porém, que a expectativa é de leve alta dos preços ao longo do terceiro trimestre. Caso a redução voluntária proposta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) for cumprida pela Rússia, Iraque e Casaquistão, compensando o excedente dos últimos meses, os preços poderão permanecer “suficientemente firmes”, afirma. O analista conta também com um impulso chinês, após nova alta na produção no país, conforme novos estímulos econômicos são esperados.

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