Petrobras e Embrapa assinam cooperação para produtos de baixo carbono e fertilizantes
A Petrobras e a Embrapa assinaram nesta sexta-feira, 6, um termo de cooperação para o desenvolvimento de estudos técnicos em matérias-primas renováveis para obtenção de produtos de baixo carbono. Isso inclui biocombustíveis, química verde e fertilizantes.
Essa parceria, informou a Petrobras, envolve o desenvolvimento, pela estatal, de soluções tecnológicas e a implantação de unidades industriais para produção de biocombustíveis e bioprodutos, tais como biometano, biogás e fertilizantes. A contrapartida da Embrapa vai ser um protocolo de culturas agrícolas de baixo carbono, como na soja.
O acordo também inclui o desenvolvimento de culturas alternativas à soja, culturas de entressafra e consorciadas, como o milho safrinha e a carinata, que a Petrobras definiu em nota como “opções para agroenergia em diferentes biomas e sistemas de produção do País”.
“A diversificação e o acesso a matérias-primas com sustentabilidade, qualidade e custo adequados são fundamentais para o sucesso de biocombustíveis. Além disso, a companhia tem interesse em ofertar produtos fertilizantes para aumentar a disponibilidade no mercado nacional”, disse em nota a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Fertilizantes
Com relação a fertilizantes, o objetivo é fomentar o desenvolvimento de novos produtos e inseri-los no agronegócio, e sobretudo produtos com base em ureia de maior valor agregado, fertilizantes mistos, adubos com granulometria diferenciada e novos insumos sustentáveis.
“Essas iniciativas visam pavimentar a retomada do negócio pela Petrobras e preparar a empresa para um futuro de descarbonização”, disse a empresa em nota.
O investimento em fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras no Plano Estratégico (PE) 2024-2028.
A empresa anunciou, em agosto, a retomada das atividades da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), em Araucária (PR), e com isso dá início à sua operação para produção de ureia, ARLA 32 (agente redutor líquido automotivo) e Amônia em território nacional no primeiro semestre de 2025.