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  • 23/jul 04:23

    Traduzindo em números – porque a prefeitura, no comunicado sobre a caducidade do contrato da Petro Ita, citou apenas que ela não operava mais as linhas do Morin e Alto da Serra – a empresa deficitária ainda está conduzindo 69% das 77 linhas para as quais era contratada. As linhas que a prefeitura tirou de suas ‘mãos’ e transferiu para a Cidade Real são 24 apenas. E a prefeitura ainda não estabeleceu um prazo para que a totalidade das linhas deixe de ser conduzida pela Petro Ita.

    Sai, mas só um pouquinho

    Por enquanto, no mesmo decreto, o prefeito Bomtempo determinou a abertura de processo para organizar a licitação e escolher uma nova empresa que opere todas as 75 linhas. No mesmo decreto em que determina a caducidade do contrato de permissão da Petro Ita, o prefeito autoriza a empresa a continuar operando as demais linhas até a licitação. Não sei, não, gente. Isso deixa uma brecha jurídica enorme.

    Papo antigo

    Desde maio, circulava o papo nos bastidores de que a Cidade Real tinha comprado e estavam guardadinhos na garagem os 30 ônibus que colocou nas linhas operadas pela Petro Ita. A operação foi autorizada pela prefeitura no sábado. O que a gente quer saber é por que demorou tanto. Outra coisa é pressionar para que as demais linhas, que ainda estão com a Petro Ita, sejam assumidas por outras empresas. O acidente de domingo à noite no Siméria (mais um) deixa clara a urgência.

    Mas não era fake news?

    A gente mostrou aqui que o presidente da CPTrans, Diogo Esteves, ficou indignado quando foi arguido em um grupo de WhatsApp sobre um recorde na quarta-feira passada, com 26 ônibus quebrados ao longo do dia somente na Petro Ita. Ele disse que era fake news. Na sexta-feira à noite, a prefeitura, ao anunciar que estava suspendendo o contrato com a Petro Ita, revelou o número de quebras dos veículos da empresa: “Em junho, foram 392 falhas mecânicas, uma média de 13 quebras por dia. Nos 18 primeiros dias de julho, já foram registrados 243 incidentes, resultando em uma média de 14 quebras por dia”. Vamos frisar que eles falam em ‘média’, sabendo que na quarta-feira pode ter chegado, sim, a 26 quebras, conforme planilha feita por membros da sociedade civil do Conselho Municipal de Trânsito.

    Cenas petropolitanas que se tornaram comuns: ônibus quase provocando tragédia, como no Siméria, no domingo, e a faixa colocada no Alto da Serra, que os moradores juram de pés juntos que não foram eles.

    Eleição Comutran

    E vai rolar a 18ª Conferência Municipal de Trânsito e Transportes para a eleição dos membros da comunidade para o período de 2024/2025 do Conselho Municipal do setor. A Conferência será realizada no dia 31 de julho, das 8h30 às 17h30, na Casa dos Conselhos.

    Presidência do Conselho

    Projeto de lei do vereador Hingo Hammes, aprovado pela Câmara no dia 17, garante a alternância entre sociedade e poder público na presidência do Conselho. A lei seguiu para sanção do prefeito Bomtempo. Ocorre que ele tem 15 dias de prazo para isso e ainda pode vetar, obrigando a Câmara a decidir se promulga a lei. Sendo assim, para a eleição do dia 31, ainda vai valer a legislação antiga.

    Mudança de data

    E membros do Comutran recorreram ao Ministério Público para garantir a participação popular na eleição. Eles querem a alteração da data. O dia 31 cai em uma quinta-feira e as urnas ficam à disposição das 8h30 às 17h30. Neste dia e horário, onde estão os trabalhadores? No trabalho! E, assim, não podem participar. Sempre foi aos sábados e deveria continuar sendo.

    Contagem

    Petrópolis está há 1 ano e 73 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    O grupo Solista Qué Base se apresenta amanhã, às 19h, no Palácio Quitandinha. A atração faz parte do Festival de Inverno Sesc. A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados no local com uma hora de antecedência.

    Ufa!

    A gente respira um pouco mais aliviado ao saber que a GE-Celma vai receber um investimento de R$ 306 milhões ainda este ano. A GE Aerospace anunciou que o valor faz parte da aplicação de US$ 1 bilhão em cinco anos para ajudar a financiar a expansão das instalações regionais de manutenção, reparo e revisão da companhia em todo o mundo. Transformando para nossa moeda corrente, são R$ 5 bilhões no total e vamos ter 6,12% deste investimento. Com o anúncio, a GE Celma dá aquele alívio. Mas as relações com a prefeitura nunca mais serão as mesmas…

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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