• Pessoas em situação de rua: desafio que cresce a cada dia

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  • 02/02/2023 03:00

    Uma questão social na qual a gente precisa colocar os olhos e o coração. As pessoas em situação de rua – que só podem ser acolhidas se assim o quiserem – resistem a abordagem da prefeitura para irem para os abrigos municipais. Entender o que a rua proporciona a eles que enxergam que compensa viver nesta situação é o ponto de partida para a transformação. Enquanto isso, só vão mudar de lugar para pernoitar.

    Números crescem

    Essa semana um grupo se concentrou nas escadarias do Theatro Dom Pedro. Mas a peregrinação ocorre em outros pontos da cidade próximos de locais onde possam se alimentar e fazer pequenos trabalhos. De acordo com o CadÚnico, cadastro para acesso a benefícios do governo federal, seriam 386 famílias que se autodeclararam em situação de rua, mas em dados ainda de 2022, do Consultório de Rua, que presta assistência de saúde pelo município, o número de pessoas seria em torno de 250. Em 2017 seriam cerca de 140, quantidade oficial informada pela prefeitura. Considerando estes números, essa questão social tem evoluído.

    Pessoas em situação de rua peregrinam pelas marquises do Centro da cidade para pernoitar, mesmo com abrigos municipais podendo dar acolhida.

    Que urgência?

    Quem precisar de atendimento de urgência não procura a UPA Centro que ‘funciona’ no Hospital Nelson de Sá Earp, não. A pessoa não passa nem da porta e os atendentes dizem que só casos de urgência-urgentíssima, se a pessoa estiver na tábua da beirada. Ontem, uma leitora, com faringite, tentou atendimento e foi direcionada para o Pronto Socorro do Alto da Serra. Lá também pouco adiantou. Não tinha Benzetacil.

    Desafio

    Neste novo portal da transparência que a prefeitura está lançando poderia ter – a gente já pediu aqui – a inclusão do contrato de R$ 46 milhões com a De Sá, de terceirização de pessoal da Educação firmado na gestão de Hingo Hammes e que é igual cabeça de bacalhau. Porque o portal lista 78 contratos firmados em 2021 menos esse.

    Terceirizados da educação

    Falando nisso, a prefeitura empenhou em janeiro quase R$ 35 milhões para o pagamento da empresa Capital Ambiental que fornece mão de obra terceirizada para as escolas municipais.  Engraçado que o contrato original, firmado em abril de 2022, era de R$ 27,7 milhões, por seis meses, renovado em outubro. Mas, teve uma terceira renovação e com valor maior?  O concurso da educação que acaba de ser realizado previu apenas 877 vagas e deixaria ainda um déficit de mais de mil pessoas necessárias nas escolas. Algum vereador podia ver isso, hein!

    Folia-moita

    Faltando 16 dias para o Carnaval vai ter programação, sim. Inclusive, pré-Carnaval no próximo final de semana. Mas, a divulgação ocorre quase as vésperas para evitar polêmicas demoradas.

    Deserta

    Impressionante que nenhuma concessionária de veículo se interessou a vender um carro para a prefeitura usar na Sala Lilás, de atendimento a mulheres, jovens e adolescentes vítimas de violência. A prefeitura fez licitação, deserta, no valor de R$ 78 mil.

    Caramba!

    Ficando cara a obra de reforma do pórtico do Parque de Exposições em Itaipava, né?. Gasto de R$ 1,1 milhão para a instalação de escritórios administrativos do espaço.

    Tsunanny

    A atriz e humorista Nanny People é a atração do dia 11, às 20h30, no Teatro Santa Cecília com seu stand up “Tsunanny”.  Nanny vai abordar de forma bem humorada a vida moderna e seus maus hábitos como o excesso de redes sociais e as plásticas sem limites. Os ingressos já estão à venda.

    Ladmir Carvalho, colunista na nossa Rádio Tribuna e que aborda a gestão de pessoas em inserções semanais recebeu, merecidamente, a Medalha Tiradentes, a mais alta condecoração do parlamento estadual. Ladmir, com a AlterData, é um dos gigantes do mercado nacional de software em automação de gestão.

    Não mexe, não, gente!

    Longe de a gente defender Bernardo Rossi, mas uma coisa é preciso reconhecer: a prefeitura continua seguindo práticas de sua gestão como em compra de itens de merenda, por exemplo.  O governo Rossi, ruim ou bom, pelo menos acertou na gestão de compras e nunca mais faltou merenda, o que era recorrente em 2016, último ano de Bomtempo. Hingo Hammes, o interino, e agora Bomtempo, continuaram seguindo a cartilha de Rossi.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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