• Pesquisas mostram Biden à frente de Trump na Flórida, Estado decisivo na eleição

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  • 08/10/2020 12:00

    A menos de um mês das eleições de 3 de novembro, o candidato democrata, Joe Biden, aparece à frente do presidente Donald Trump na Flórida, um dos Estados-chave para as eleições nos Estados Unidos, de acordo com várias pesquisas publicadas nesta quarta-feira, dia 7. Segundo uma sondagem da Reuters/Ipsos, Biden teria 4 pontos percentuais a mais que Trump – na última pesquisa, há uma semana, os dois apareciam tecnicamente empatados.

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    De acordo com a média das pesquisas feita pelo site Real Clear Politics, Biden também está na frente na Flórida, com 4,6 pontos percentuais de vantagem. Já o levantamento da Universidade Quinnipiac indica que o democrata tem 11 pontos percentuais a mais que Trump no Estado.

    Além disso, dois levantamentos do New York Times/Siena College mostram o democrata liderando em outros Estados-chave: ele tem 6 pontos a mais em Nevada e está 1 ponto na frente do presidente em Ohio. Segundo outra sondagem, da Marquette University Law School, o ex-vice-presidente de Barack Obama também está na frente de Trump em Wisconsin, por 5 pontos de diferença.

    A pesquisa da Ipsos revela ainda que 50% dos prováveis eleitores da Flórida acreditam que Biden seria melhor na gestão da pandemia do novo coronavírus, contra 41% que acham que Trump seria mais eficiente.

    No que diz respeito à economia, Trump é mais bem avaliado no Estado: 49% dos entrevistados acreditam que o republicano seria melhor no gerenciamento da crise econômica após a pandemia, contra 45% que apostam em Biden.

    No total, 7% dos eleitores ouvidos pela Ipsos no Estado disseram que já votaram em eleições antecipadas ou pelo correio. No total, mais de 4 milhões de americanos já votaram, número é bem maior do que o registrado no mesmo período na eleição passada: 75 mil. Em 2016, Trump venceu na Flórida.

    A sondagem ouviu eleitores em seis Estados-chave para a vitória no Colégio Eleitoral: Wisconsin, Pensilvânia, Michigan, Carolina do Norte, Flórida e Arizona – neste último, o democrata também tem 2 pontos percentuais de vantagem.

    Como nos Estados Unidos a eleição é indireta, decidida pela Colégio Eleitoral, onde cada Unidade Federativa tem um peso determinado no pleito, é importante que cada candidato conquiste o máximo de estados possível para vencer a votação.

    Alguns se tornaram, historicamente, currais eleitorais do Partido Democrata, outros, do Republicano. Há, no entanto, um grupo que costuma variar o voto em cada eleição – são os chamados Estados-pêndulo. É o caso desses seis Estados citados na pesquisa. Em 2016, o republicano venceu em todos eles.

    No caso da Flórida, Trump busca o voto de venezuelanos e cubanos exilados nos EUA. Para agradar a esse eleitorado, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, fez uma a visita relâmpago a Roraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, no fim de setembro.

    A vinda do representante do governo americano, que também esteve em Suriname, Guiana e Colômbia, teve como principal objetivo discutir a situação na Venezuela. No encontro com o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, Pompeo chamou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de “traficante de drogas”.

    Trump recebeu alta do hospital militar Walter Reed na noite de segunda-feira, 5, após ter sido internado na sexta-feira com complicações ligadas aos sintomas da covid-19.

    Sem fazer campanha presencialmente por causa da doença, o presidente tem usado as redes sociais freneticamente – chegou a postar mais de 40 vezes em menos de uma hora na terça-feira. Nesta quarta, voltou à carga no Twitter, chamando seu adversário, o candidato democrata Joe Biden, de “maluco”. 

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