• Pesquisador da Fiocruz preso em Petrópolis é investigado por direcionamento de contratos em favor da OS Pró-Saúde

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  • 04/08/2020 12:10

    O cumprimento de mandados de prisão contra o pesquisador da Fiocruz Guilherme Franco Neto, o secretário de transportes metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, e outras quatro pessoas, nesta quinta-feira (6) tem relação com investigações de um suposto esquema de corrupção que direcionava contratos da Junta Comercial do Estado de Goia?s (Juceg) e da Fundac?a?o Oswaldo Cruz (Fiocruz), atrave?s da Fundac?a?o de Apoio Fiotec, em favor da organização social (OS) Pró-Saúde. Os investigadores do Ministério Público Federal (MF) chegaram até os alvos da operação após a colaboração premiada de ex-diretores da OS.

    A partir da colaborac?a?o premiada, os investigadores descobriram o pagamento de vantagens indevidas para agentes que pudessem interceder em favor da organização social em relac?a?o aos pagamentos do contrato de gesta?o do Hospital de Urge?ncia da Regia?o Sudoeste (HURSO), em Goia?nia (GO), que foi administrado pela Pro?-Sau?de entre 2010 e 2017.

    Para possibilitar o pagamento de valores na?o contabilizados, os gestores da OS a? e?poca institui?ram esquema de gerac?a?o de “caixa 2” na sede da Pro?-Sau?de, com o superfaturamento de contratos, custeados, em grande parte, pelos repasses feitos pelo Estado do Rio de Janeiro, os quais constitui?am cerca de 50% do faturamento nacional da organizac?a?o social (que saltou de aproximadamente R$ 750 milho?es em 2013, passando por R$ 1 bilha?o em 2014 e chegando a R$ 1,5 bilha?o em 2015).

    A investigação levantou ainda, que o grupo intermediou os interesses dos ex-diretores da Pro?-Sau?de na obtenc?a?o de contratos de sua empresa rece?m-criada com outros o?rga?os da administrac?a?o pu?blica – entre elas a Fiocruz – mediante o pagamento de um percentual a ti?tulo de vantagens indevidas. De acordo com o MPF, os colaboradores narraram que obtiveram e?xito na contratac?a?o de servic?os de sua empresa em raza?o do comando ou da influe?ncia que os investigados exerciam nos o?rga?os, e, em troca, pagaram altas quantias de dinheiro em espe?cie ou ate? mesmo atrave?s de depo?sitos banca?rios.

    A Receita Federal e a UIF (antigo Coaf) apontaram operac?o?es suspeitas que indicam a possibilidade de utilizac?a?o do nu?cleo familiar de investigados para ocultar os valores oriundos dos crimes de corrupc?a?o, peculato e organizac?a?o criminosa. Foram ainda identificadas inconsiste?ncias nas informac?o?es fiscais dos investigados.

    Na operação desta quinta foram cumpridos seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Além de Petrópolis, policiais federais estiveram em endereços nas cidades de São Paulo, São José do Vale do Rio Preto, Goiânia e Brasília. Os mandados foram expedidos pelo juiz federal Marcelo Bretas da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, responsável pelos processos da Lava Jato no Rio. Além dos mandados, ele também determinou o bloqueio de bens em valores que ultrapassam R$ 12 milho?es.

    A Operac?a?o Dardana?rios e? desdobramento das operac?o?es Fatura Exposta e SOS, que apuram desvios de recursos do Estado do Rio repassados para organizac?a?o social que administrou diversos hospitais no Rio e em outros locais do pai?s.

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