• Pesquisa encontra nova característica em hipopótamos: ‘fase aérea’; entenda o que significa

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  • 04/jul 18:51
    Por Pedro Pannunzio / Estadão

    Os hipopótamos-comuns (Hippopotamus amphibius) estão entre os animais mais pesados do mundo. Em média, têm 1,5 toneladas, mas alguns podem chegar a quase 4 toneladas. Apesar do elevado peso, um novo estudo revela que essa espécie consegue atingir a chamada fase aérea.

    – Grosso modo, isso significa que os hipopótamos conseguem ficar com as quatro patas suspensas no ar, em momentos que alcançam alta velocidade – como ocorre entre os cavalos, por exemplo.

    O estudo foi liderado pelo professor John R Hutchinson, do Royal Veterinary College, no Reino Unido, e publicado na revista científica PeerJ.

    De acordo com os pesquisadores, o hipopótamo-comum consegue chegar a uma velocidade de aproximadamente 8 m/s (o equivalente a 30 km/h), em um movimento classificado como “trote acelerado”.

    “Nenhum dos hipopótamos estudados usou padrões de passos diferentes do trote (ou quase trote), mas, nas velocidades mais rápidas, os hipopótamos alcançaram breves fases aéreas, o que é, aparentemente, uma nova descoberta”, diz o artigo.

    Para efeitos de comparação, os elefantes chegam, em média, a 7 m/s (25 km/h). “Os hipopótamos exibem uma capacidade atlética relativamente maior do que os elefantes em vários aspectos”, afirmaram os pesquisadores.

    Os hipopótamos-comuns estão entre as cinco espécies mais pesadas do mundo entre os mamíferos terrestres, atrás apenas de três espécies de elefantes e do rinoceronte-branco, aponta o estudo.

    A pesquisa foi realizada a partir da captação de vídeos de dois hipopótamos que vivem no Flamingo Land Resort, um zoológico e resort do Reino Unido, e da observação de vídeos disponíveis na internet. Confira aqui.

    Foram compiladas 162 amostras em vídeo de 32 hipopótamos diferentes. “Nossos dados ajudam a formar uma base para avaliar se outros hipopótamos usam locomoção normal, o que é relevante para avaliações veterinárias clínicas de problemas de locomoção e para reconstruir a biomecânica evolutiva das linhagens de hipopótamos”, conclui a pesquisa.

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