• ‘Pensei que fosse um pesadelo’, diz vítima de arrastão em Higienópolis acordada por ladrões

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  • 14/maio 14:03
    Por Gonçalo Junior / Estadão

    Uma das vítimas do arrastão em Higienópolis, no centro de São Paulo, contou ao Estadão os momentos de pânico que viveu na manhã desta terça, 13. Ela estava dormindo quando um grupo de criminosos invadiu o condomínio em que reside e saqueou os apartamentos.

    “Fui acordada pelo meu pai e por um dos bandidos. Pensei que fosse um pesadelo. Não achei que era real. Eles conseguiram levar muita coisa nossa”, diz. Assustada, a moradora preferiu não se identificar.

    O arrastão ocorreu na rua Gabriel dos Santos e durou cerca de duas horas.

    Segundo Radar da Criminalidade, plataforma do Estadão com base nos dados da SSP, a via registrou aumento acima de 80% nos casos de roubos e furtos. Foram 47 crimes no local em março deste ano contra 26 no mesmo período de 2024

    Os assaltantes fugiram antes da chegada da polícia. Ao menos sete imóveis foram roubados. Ninguém ficou ferido. O caso é investigado pela 1ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) e a Polícia Civil.

    “A gente foi levada para uma sala das máquinas, perto do estacionamento. Eram umas 20 pessoas, de várias famílias, num lugar bem apertado. Todo mundo com muito medo de que fizessem algo de mal com a gente.”

    O bairro de Higienópolis é um dos mais valorizados da capital, conhecido por imóveis de alto padrão com sistemas de segurança reforçados.

    Segundo a investigação, o grupo usou um carro com placa clonada, em um modelo parecido com o de um morador, para entrar na garagem.

    Oito criminosos invadiram o prédio por volta das 7h. Antes, eles já haviam cortado os cabos dos equipamentos de acesso à internet. Com isso, as câmeras de monitoramento foram desligadas.

    De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, policiais encontraram e apreenderam dois carros usados pelos criminosos. Eles estavam na comunidade do Gato, nas proximidades da Marginal Tietê, na região central.

    “Um dos carros que foi utilizado para ingressar no condomínio é semelhante ao veículo de um dos moradores, o que facilitou o ingresso no local”, diz um dos investigadores.

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