• Pedro Bial acusa Meta de ser cúmplice em crime de falsificação após ser vítima de deepfake

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 19/jan 13:16
    Por Sabrina Legramandi / Estadão

    O apresentador Pedro Bial acusou a empresa Meta de ser cúmplice de “falsificação, fraude e charlatanismo” após ser vítima de um deepfake. Bial alega que teve sua imagem veiculada sem autorização em uma propaganda de um “remédio milagroso” contra a calvície e que, após inúmeras denúncias, nada foi feito para que a publicidade fosse retirada do ar.

    Em nota enviada ao Estadão assinada pelo porta-voz da Meta, a empresa disse que atividades que tenham o objetivo de “enganar, fraudar ou explorar terceiros” não são permitidas em suas plataformas e que aprimora suas tecnologias para combatê-las. A companhia também incentivou denúncias contra esse tipo de conteúdo. Leia a nota completa abaixo.

    O apresentador comentou sobre o caso em um vídeo publicado em sua conta pessoal no Instagram. Segundo ele, o vídeo circula “há alguns meses” na internet. “A fraude não é nem tão bem feita, mas é o suficiente para enganar muita gente”, disse.

    Bial contou que, todos os dias, recebe alertas de amigos e conhecidos sobre a peça publicitária. Ele argumentou, sem citar o nome da empresa que promoveu o deepfake, que entrou com um processo contra os responsáveis pela veiculação da propaganda e a promessa do “remédio milagroso”.

    “Sigo os passos lentos do processo jurídico, enquanto, na internet, a coisa só piora, se alastrando”, lamentou. Na sequência, o apresentador acusou a empresa dona do Instagram e do Facebook de “cumplicidade no crime de falsificação, fraude e charlatanismo”.

    “Um crime, para se realizar, precisa de três fatores: a motivação para praticá-lo, mais os meios e oportunidades para tal”, argumentou. Segundo ele, “os meios e as oportunidades são oferecidos pela Meta, que ainda lucra, ganha ‘grana’ com esse golpe”.

    Bial ainda citou colegas que também já foram vítimas de veiculações de deepfake, como o médico Drauzio Varella. Conforme o relato, Drauzio “tem sua imagem fraudada para que a Meta seja cúmplice de crimes contra a saúde pública”.

    O deepfake é uma técnica que consiste na criação de conteúdos sintéticos (não reais), que podem ser áudios e imagens, produzidos com auxílio de inteligência artificial (IA). A prática foi muito usada para promover desinformação durante o período eleitoral. Leia mais sobre o deepfake aqui.

    O que diz a Meta

    Em nota assinada pelo porta-voz, a empresa disse que atividades que tenham o objetivo de “enganar, fraudar ou explorar terceiros” não são permitidas nas plataformas pertencentes à companhia. “Estamos sempre aprimorando a nossa tecnologia para combater atividades suspeitas”, afirmou.

    Leia a nota completa:

    “Atividades que tenham como objetivo enganar, fraudar ou explorar terceiros não são permitidas em nossas plataformas e estamos sempre aprimorando a nossa tecnologia para combater atividades suspeitas. Também recomendamos que as pessoas denunciem quaisquer conteúdos que acreditem ir contra os Padrões da Comunidade do Facebook, das Diretrizes da Comunidade do Instagram e os Padrões de Publicidade da Meta através dos próprios aplicativos.”, Porta-voz da Meta.

    Últimas