Pedido de Ação Civil Pública é enviado ao MPRJ para que enchentes na Rua Coronel Veiga sejam solucionadas

Pedido foi realizado na quarta-feira (15), data marcada por um ano da maior tragédia da história da cidade

O escritório de advocacia Ayres da Motta, em Petrópolis, entrou com um pedido no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitando que o órgão instaure uma ação civil pública, a fim de solucionar, de maneira definitiva, as enchentes na Rua Coronel Veiga. O pedido foi realizado na quarta-feira (15), data marcada por um ano da maior tragédia da história da cidade.

“Apenas uma chuva moderada é capaz de transbordar o rio naquela localidade. Em poucos minutos, a água facilmente toma conta de todo o espaço, tornando a rua – uma das poucas portas de entrada do município – intransitável. A situação da Rua Coronel Veiga é dramática, pois repita-se, qualquer chuva acarreta no alagamento da via. Isso se repete ao longo dos governos, dos anos e só existem duas certezas: que não há nenhuma vontade política de resolver o problema e que o rio na Coronel Veiga vai transbordar.”, diz um trecho do documento.

O pedido ainda cita os diversos alagamentos na via, somente entre o fim do ano de 2022 até o meio de fevereiro deste ano, e fala sobre a dragagem feita em dezembro -que não surtiu o efeito esperado. Além disso, o documento questiona a instalação das cancelas nas entradas da via:

“Ocorre que, além de serem mais uma forma de esquivar-se de solucionar todo o prejuízo causado pelos alagamentos, é somente mais uma medida que se mostrou inútil. Além de não ter funcionado, a cancela já foi arrastada pela pressão das águas. Pontua-se que as fortes chuvas do último ano foram capazes de carregar ônibus, casas, carros, árvores e pontes. Não é necessário estudo técnico para constatar que uma simples cancela não seria resistente às chuvas. A instalação da cancela é prova rematada que não há qualquer interesse em solucionar definitivamente a questão dos alagamentos na Rua Coronel Veiga. O Município, com a instalação de uma cancela que é acionada a cada enchente, simplesmente varre o problema para debaixo do tapete, impede que veículos transitem na pista e, com isso, afasta a responsabilidade da resolução do problema das enchentes.”

Na noite dessa quarta-feira (15), a cancela da Rua Coronel Veiga foi depredada e o motorista responsável foi detido pela PM. O equipamento foi recentemente instalado, em meio a críticas pela alternativa encontrada pela Prefeitura. Segundo o município, a cancela é uma importante ferramenta de proteção da população em caso de inundação do Rio Quitandinha.

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