Paulo Machado; um varão de Plutarco
A cidade de Petrópolis perdeu nesta última semana um dos mais ilustres filhos, o professor Paulo Machado da Costa e Silva, como gostava de ser conhecido, cuja vida sempre foi dedicada a distribuir conhecimentos, semear a paz e tranquilidade, portar-se como homem digno e incapaz de praticar qualquer ato reprovável.
Quando completou seu centenário de vida fui designado para saudá-lo em nome da Academia Petropolitana de Educação e, dentre outras afirmações, citei inúmeros fatos importantes de sua vida, como homem público, como professor, como chefe de família e como um verdadeiro discípulo de Cristo.
Paulo Machado, dos que exerceram a presidência da Câmara Municipal de Petrópolis, era o mais idoso dentre os então vivos, embora não fosse o mais antigo.
Ao magistério dedicou-se com afinco, transmitindo a tantas gerações de Petropolitanos seus ensinamentos, não só das matérias que lecionava, mas, especialmente, exemplos que pudessem auxiliar a todos a ter uma vida digna e serem capazes de vencer todas as dificuldades. De todas as atividades que exerceu a que mais lhe tocava ao coração era o magistério.
Homem dedicado à família, à cultura e a tudo que dissesse respeito a Petrópolis, sempre foi fiel aos ensinamentos da Santa Igreja Católica e, como cristão dedicou-se aos seus semelhantes com bondade, transmitindo a todos os ensinamentos mais puros do Cristianismo, amor e amizade.
A vida dos homens é constituída por uma série de ocupações: estudo, trabalho, educação dos filhos, religião, divertimento e vezes há que não se tem mais tempo, porque as atividades nos absorvem de tal modo que não somos mais senhores do nosso tempo e não temos tempo para ninguém. Preocupados com o nosso mundo pessoal, com o pão a ganhar, não somos mais disponíveis para nada, Não somos capazes de descobrir a presença de nossos semelhantes. Não somos mais disponíveis.
Paulo Machado pertenceu a outro grupo de pessoas, pois apesar de tudo sempre conservou uma atitude interior e exterior de disponibilidade, de recepção aos outros e, por isso, foi um homem feliz.
Paulo obrigado pela sua amizade e porque você sempre ensinou que a amizade será sempre a primeira palavra que Deus continuará a escrever a cada manhã à humanidade, até o fim dos tempos.