• Patrulha Maria da Penha supera a marca de 264 mil atendimentos

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  • 07/ago 14:35
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    A Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, completa, este mês, cinco anos de existência com marcas expressivas: as 47 equipes especializadas do programa realizaram, em todo o território estadual, 264.086 atendimentos a mulheres em situação de violência.

    Lançado no dia 05 de agosto de 2019, o programa preventivo foi concebido para enfrentar de forma estruturada a violência contra a mulher. Durante esses cinco anos, foram atendidas 77.375 mulheres, muitas delas visitadas mais de uma vez. Desse total de atendimentos, 63.810 foram inseridas no programa para atendimento regular. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de mulheres atendidas registrou crescimento de 23,43%.

    De 05 de agosto de 2019 a 26 de julho deste ano, os policiais militares da PMP-GV efetuaram 692 prisões, quase todas em flagrante por descumprimento de medida protetiva expedida pela Justiça. Desse total de prisões, 171 foram efetuadas na capital e Baixada Fluminense. As demais 421 ocorreram na região da Grande Niterói e municípios do interior, correspondendo a mais de 60% do total.

    No 7º CPA, que coordena as ações da Polícia Militar na Região Serrana, foram registradas 181 prisões no período; no 5º CPA, Sul Fluminense e Costa Verde, 85 prisões; No 6° CPA, Norte e Noroeste do estado, foram 80 prisões.

    “A Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida é um programa preventivo estratégico para a área de segurança pública do estado. Atualmente, mais de 10% das ocorrências atendidas por nossos policiais via Central 190 estão relacionadas à violência contra mulher: lesão corporal, e violência moral, patrimonial, psicológica. Neste primeiro semestre, foram atendidas mais de 47 mil ocorrências dessa modalidade criminal”, lembra o secretário da SEPM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.

    Apesar do grande número de acionamentos, é importante lembrar que a Patrulha Maria da Penha não foi criada para atendimentos de emergências, mas sim para o acompanhamento de mulheres com medida protetiva. Por isso, é fundamental que as mulheres em situação de violência, depois do atendimento de emergência, façam o registro de ocorrência na delegacia da Polícia Civil. O registro nas delegacias é o primeiro passo para a obtenção da medida protetiva.

    Para agilizar a expedição das medidas protetivas e oferecer maior efetividade ao acolhimento às mulheres em situação de violência, o programa PMP-GV atua com parcerias estruturadas junto à Polícia Civil, Ministério Público, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, secretarias municipais afins, guardas municipais, Centros de Referência no Atendimento à Mulher, além de instituições civis como LBV, RioSolidário, entre outras.

    Equipes são formadas por policiais voluntários

    Responsável pela gestão do programa, a Coordenadoria de Assuntos Estratégicos (CAEs) da SEPM fez um levantamento sobre as ações da PMP-GV ao longo desses cinco anos. São informações quantitativas e qualitativas para aprimorar a missão desempenhada diariamente por 189 policiais militares voluntários.

    Do efetivo que atua exclusivamente no programa, 49,45% são policiais militares femininas. O programa foi pensado para que o atendimento seja feito por duplas compostas por policiais do sexo masculino e feminino. Há outros 479 policiais militares capacitados para prestar esse atendimento especializado.

    Do total de 47 patrulhas em todo o estado, 47 salas lilás, um espaço exclusivo dentro dos batalhões da PM ou em locais próximos, com uma configuração especial para o acolhimento adequado às mulheres em situação de vulnerabilidade e seus filhos.

    O levantamento da CAEs fez também um recorte sobre o perfil étnico das mulheres assistidas: 40,61% são negras; 28,15% brancas; 0,12% indígenas; e 29,42% não informado. A CAEs também fez um recorte sobre o perfil etário: 30 a 49 anos, representam 42,9%; 20 a 29 anos, 24,57%; 50 a 59 anos, 6,88%; 10 a 19 anos, 5,36%; 60 a 80 anos, 2,77%; e de 0 a 9 anos, 0,48%.

    O levantamento também contempla as atuações paralelas desempenhadas pelos policiais do programa ao longo dos quatro anos: foram realizadas 7.870 ações sociais, como doações de cestas básicas, de roupas e de materiais de limpeza e higiene pessoal, e 2.320 palestras de conscientização.

    O programa atua ainda dentro de uma rede do Governo do Estado que inclui as DEAMs, os Centros Especializados de atendimento à mulher, o Programa Acolhe, o abrigo sigiloso Lar da Mulher e unidades de saúde capacitadas para atendimento as vítimas de violências.

    Além do aumento do número de mulheres atendidas entre agosto de 2023 ao final de julho deste ano, na comparação com o período anterior, foram registradas mais 70% de ações sociais e 31% do número de palestras.

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