
Patrícia Bastos, cantora amapaense, se apresenta nesta quinta no Centro Cultural Sesc Quitandinha
A cantora amapaense Patrícia Bastos estará ao lado de músicos do norte e também da Orquestra Mundana Refugi para apresentar Voz da Taba, seu oitavo disco e terceiro com a direção musical e arranjos de Dante Ozzetti, para celebrar a cultura amazônica. A apresentação acontece no Centro Cultural Sesc Quitandinha, nesta quinta-feira (17), às 20h, e integra a programação do Festival Sesc de Inverno 2025.
Ao lado dos músicos Dante Ozzetti (violão, guitarra, direção musical e arranjos), Fernando Sagawa (sopros e teclado), Franci Óliver (bateria), Nena Silva (percussão), Helena Cruz (baixo), Leo Matumona e Hidras Tuala (vozes – Orquestra Mundana Refugi), Patrícia Bastos (voz) traz no show, o diálogo mais aprofundado com os povos originários do Amapá e os descendentes da diáspora africana instalados na região.
A música do Caribe e também a influência da Guiana Francesa, tornam esse disco mais dançante. São ritmos como a soca, o cacico, o zouk, além de elementos do marabaixo e do batuque. A maioria das músicas foram compostas para o álbum, e muitas delas partiram do laboratório feito em longa viagem a Guiana Francesa e Suriname, por Dante, pelos compositores Enrico Di Micelli e Joaozinho Gomes, acompanhados por Patrícia Bastos.
Voz da Taba completa a trilogia formada por Zulusa (2013) e Batom Bacaba (2016), ambos produzidos por Dante Ozzetti. Esses álbuns são formados por repertório, em sua maioria de compositores do Norte, que trabalham a linguagem dos ritmos amazônicos, especialmente do Amapá, como o batuque do Curiaú e o marabaixo. As letras contam o dia a dia das comunidades ribeirinhas, dos quilombos, a sua história e evolução, tratando também da influência dos povos originários. Retrata a trajetória vivida por Patrícia Bastos, na sua formação pessoal e de artista.
“Quando se fala em música da Amazônia, música da floresta, as pessoas já esperam algo alegre, festivo. O que esse disco e o show trazem é isso, uma grande celebração. É colocar a flor no cabelo e fazer a saia rodar”, explica Patrícia Bastos. “A música desse disco é a que vem de barco pelo rio, é a música afro-indígena, é a cultura que nos foi trazida pelo povo africano, o batuque, o marabaixo, além da música da fronteira com a Guiana Francesa, como o zouk e o cacico”, conclui a cantora sobre esse trabalho mais dançante.
O orgulho de ser amapaense está nos versos da canção Jeito Tucuju, obra do poeta Joãozinho Gomes musicada por Val Milhomem, que no disco, ganha uma versão muito especial, com a participação de Caetano Veloso. O álbum continua com mais convidados, como Ná Ozzetti, Fabiana Cozza, Alzira E., Cristóvão Bastos, Tarita de Souza, Ronaldo Silva, Ana Maria Carvalho, além dos cantores da Orquestra Mundana Refugi, Mabiala Nkombo (Leonardo Matumona), Hidras Tuala Tsueso, Francellys Castellar e Ola Taisr Alsaghir.
Além de Jeito Tucuju, formam o repertório, Mão de Couro (Val Milhomen e Joãozinho Gomes), Cobra Sofia (Dante Ozzetti e Joãozinho Gomes), São Benedito Bendito (Zé Miguel e Joaozinho Gomes), Afroíndias (Enrico di Miceli e Joaozinho Gomes), Planeta Arrepiado (Dante Ozzetti e Joãozinho Gomes), Espartano (Paulinho Bastos), Maninha do Céu (Paulinho Bastos), Pras Minhas Paixões (Val Milhomen), Bailarina da Água Doce (Ronaldo Silva), Voz da Taba (Enrico di Micelli e Salgado Maranhão) e Yárica (Cristóvão Bastos e Joãozinho Gomes).
Os ingressos custam R$ 10 (credencial plena), R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira), e podem ser adquiridos no site do Sesc Rio.
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