• Passeando no Porto

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  • 20/03/2018 12:25

    É do conhecimento de meus mais sinceros amigos e de todos os queridos parentes de vários graus, o meu gosto pela literatura, teatro, poesia, atividades jornalísticas, amor ao magistério e pesquisa histórica.

    Com alguns livros editados, meu especial carinho é para “Os Três Heleodoros”, 1º volume, que foi lançado pela Editora Revista Social, de meus saudosos amigos jornalistas Célio Salim Thomaz e João Augusto da Costa, no ano de 1981. A partir dai continuei a pesquisa abrangendo meus pai, avô e bisavô, pelo lado paterno, para completar os três volumes da obra, principalmente as achegas genealógicas que poderei obter na fonte, os arquivos públicos da cidade portuguesa, onde residiram três gerações, a partir de meu trisavô Manoel Gomes dos Santos (1778-1862), casado com Anna Izabel Ermelinda dos Santos (1784-1853), com 8 filhos, dentre os quais, o 6º, foi meu bisavô, o primeiro Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos (1820-1860).

    Este, veio para o Brasil e na Corte do Rio de Janeiro abriu casa de comércio, dedicou-se às atividades culturais e, em 1855, criou o Ginásio Dramático, casa teatral que lançou no Brasil o teatro realista, o teatro de revista, a ópera nacional e como iniciantes dramaturgos os escritores José de Alencar e Joaquim Manoel de Macedo dentre outros. De 1855 a 1860 seu teatro tornou-se referência na arte cênica carioca e brasileira, trazendo da Europa a última novidade, o realismo e contratando os mais renomados artistas em ação no século XIX.

    Seu filho, Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos II (1847-1898) – meu avô – foi voluntário na guerra contra o Paraguai (1865-1870), poeta, escritor, crítico teatral, dramaturgo e que faleceu e foi sepultado em Petrópolis quando servia em cargo relevante no governo da Província do Rio de Janeiro, diante da instalação da capital do Estado em Petrópolis a partir de 1894.

    Seu neto, Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos III (1888-1959) – meu pai – tornou-se personalidade de relevância na vida fluminense, porque, como o pai, foi escritor, dramaturgo, poeta, jornalista, professor, idealizador de marcantes obras culturais em Petrópolis, recebendo a honraria, pela Câmara Municipal de “Cidadão Petropolitano” com extensiva homenagem de seu nome ser conferido a uma artéria urbana, no bairro Itamarati.

    Estas personalidades de minha vida bem merecem todas as homenagens, motivo de ter abraçado a missão de deles registrar vidas e obras para a lembrança no futuro.

    Faltam dados, que existem nos arquivos públicos da cidade do Porto, que irei buscar. À esta pesquisa documental, juntarei a emoção de percorrer as ruas, vielas e becos da heróica cidade portuguesa, onde viveram, lutaram e amaram meus ascendentes e ver nas praças as homenagens ao levante do povo portuense contra D. Miguel, em favor da restauração monárquica de D. Pedro IV, o nosso D. Pedro I, cujo comandante o 1º Batalhão de Voluntários foi o meu trisavô Manoel Gomes dos Santos e que, pelos feitos, foi agraciado com a comenda da Ordem de N. S. da Conceição de Vila Viçosa, a ele outorgada pela Rainha D. Maria II.

    Emoção demais que viverei em cada segundo da minha caminhada pela heróica cidade. Descerei e subirei a rua de Cima do Muro, no centro histórico da Ribeira, com estampado orgulho que exibirei no suspiro do coração a cada passada. E, quem sabe, esbarrarei num descendente dessa poderosa saga? Sonhar, é preciso!

    Para tanto, de hoje até os primeiros dias de abril, estarei por lá, no Porto. 



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