Paraty e Ilha Grande têm aval para se tornar patrimônio da humanidade
O conjunto formado pela cidade histórica de Paraty e a Bacia da Ilha Grande, em Angra dos Reis, no sul fluminense, caminha para se tornar o mais novo patrimônio mundial da humanidade no Brasil. Um parecer técnico favorável ao título foi emitido esta semana pelos órgãos consultores da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que concede o título, informou o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan).
Um patrimônio da humanidade é um bem considerado de valor universal, independentemente da sua localização no planeta. O título é concedido pela Unesco, após criteriosa seleção, com base em análise técnica. O bem é, então, classificado como histórico, cultural ou misto. Atualmente, o país tem 21 locais que detém o título.
Conhecida por suas estreitas ruas de pedra, pelo casario antigo do século 19 e pela beleza de suas águas verdes, Paraty concorre como patrimônio misto, por conjugar os dois.
A inscrição foi feita pelo governo brasileiro, em 2018 – só é possível apresentar um bem como candidato por ano – e engloba uma área de 204 mil hectares, com 187 ilhas, áreas de preservação ambiental cortando seis municípios, além de várias comunidades tradicionais. Convivem ali quilombolas, indígenas e caiçaras em reservas como o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Área de Proteção Ambiental do Cairuçu e o Parque Estadual da Ilha Grande, sendo que este último está localizado na Bacia da Ilha Grande, em Angra dos Reis.
É na cidade que os amantes da leitura se reúnem todos os anos na tradicional Festa Literária de Paraty, a Flip, um dos eventos culturais mais importantes do país, e se juntam em celebrações religiosas populares, como a Festa do Divino Espírito Santo de Paraty.