• Para Guedes, arrecadação forte mostra País em retomada econômica ‘vigorosa’

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  • 25/08/2021 13:21
    Por Thais Barcellos e Lorenna Rodrigues / Estadão

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a arrecadação forte de julho e de 2021 significa que o País está com uma retomada vigorosa. O ministro respondeu as críticas em relação ao efeito da inflação sobre a receita, destacando que o resultado de janeiro a julho mostra crescimento de 25% ante o ano passado já descontado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período. “Há efeito da inflação, mas há inequívoco vigoroso crescimento econômico.”

    A declaração foi dada durante coletiva de imprensa para comentar os dados da arrecadação de julho. A receita com impostos e contribuições federais somou R$ 171,270 bilhões no mês, o melhor resultado para o período da série histórica iniciada em 1995.

    O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 35,47% na comparação com o mesmo mês de 2020. No ano até julho, o montante de R$ 1,053 trilhão também é recorde na série.

    Guedes ainda destacou que, à exceção de janeiro e junho, todos os resultados mensais este ano foram recordes para a série histórica, já desconsiderando a inflação. “Resultado de julho é o terceiro melhor resultado para todos os meses da história.”

    O ministro citou que os dados reforçam os fundamentos fiscais. “Muitos negacionistas negam que a retomada que já existia em 2020.”

    Guedes também mencionou que os destaques positivos foram PIS/Cofins, os impostos para pessoas jurídica e de previdência em julho. “Previdência arrecadando em recorde mostra que estamos gerando empregos em alta velocidade.”

    Resultado primário superavitário

    O ministro da Economia afirmou ainda que o resultado primário possivelmente já poderia ficar superavitário em 2022 com o forte crescimento da arrecadação este ano, desconsiderando a reforma tributária. Desde o início do ano, a surpresa de arrecadação já soma R$ 270 bilhões em relação às expectativas do governo.

    “Os nossos fundamentos fiscais estão mais fortes ainda. O déficit este ano, em vez de 1,7% do PIB, pode ficar em 1,5% ou 1,4% do PIB. E possivelmente já teríamos superávit no ano que vem”, comentou Guedes.

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