• Para Freixo, Bolsonaro faz politicagem com vacinação e vida de crianças

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  • 23/12/2021 12:06
    Por Vinícius Alves / Estadão

    O líder da Minoria na Câmara, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), criticou nesta quinta-feira, 23, o atraso do início da vacinação contra covid-19 em crianças com 5 a 11 anos. Para Freixo, o presidente da República, Jair Bolsonaro, faz politicagem com a vida dos jovens. O parlamentar também citou dados da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização relatando que, desde o começo da pandemia, a cada dois dias uma criança morreu por covid-19 no Brasil.

    “Uma criança morreu a cada dois dias desde que o coronavírus chegou ao Brasil. Nós já poderíamos estar vacinando os nossos filhos, mas Bolsonaro está atrasando o início da imunização. Em vez de proteger nossas crianças, o presidente prefere fazer política com a vida delas”, disse Freixo no Twitter.

    No início da semana, Freixo já tinha feito críticas ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após o ministro declarar que a “pressa é inimiga da perfeição” na vacinação infantil. “O ministro da Saúde está debochando dos pais e mães que querem proteger os filhos contra a covid. Queiroga não é ministro, é capanga de Bolsonaro”, disse o pessebista na ocasião.

    Nesta quinta-feira, mesmo com o aval e recomendação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde iniciará uma consulta pública até 2 de janeiro sobre a vacinação infantil com a Pfizer.

    A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira. Com isso, o governo só pretende decidir se vai ou não vacinar crianças de 5 a 11 anos quando se encerrar o prazo para receber as contribuições.

    Dados da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da covid-19 mostram que 2.978 diagnósticos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid ocorreram em crianças de 5 a 11 anos, com 156 mortes, no ano passado.

    Já ao longo de 2021, já foram registrados 3.185 casos nessa faixa etária, com 145 mortes, totalizando 6.163 casos e 301 mortes desde o início da pandemia. Uma média de 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias.

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