• Papo de Pescador

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  • 30/10/2017 14:00

    Bom dia aos leitores da nossa querida Tribuna de Petrópolis. Depois de longo período afastado por problemas pessoais, retornamos com enorme felicidade ao encontro dos nossos leitores e amigos com muita história pra contar.

    Muitas pescarias foram feitas neste período, nos mais diversos ambientes. Algumas marítimas costeiras, outras em maiores profundidades, algumas em rios, lagoas e represas…

    Hoje vamos falar de uma pescaria feita pelas redondezas da Barra da Tijuca no mês de julho passado, com um excelente guia chamado Fábio Guimarães. Buscávamos anchovas de bom porte que no inverno frequentam essas águas, e também o valente Olho de Boi, um peixe de força descomunal, que às vezes acompanha as anchovas nas correntes mais frias.

    Nos encontramos as 4:00 da manha em Itaipava na Loja Pescaria dos Amigos, que nos dá todo o suporte necessário para as pescarias. Material pronto, muitos sanduíches, pois mal alimentado não consigo pescar, e alta nível de ansiedade ao encontrar os companheiros Pedro Paulo e Marcone, este último em sua primeira experiência neste tipo de pescaria.

    Partimos rumo à Barra da Tijuca… Carro estacionado, material embarcado e saímos para o mar, quando encontramos o primeiro desafio… Mar muito mexido com ondas fortes e a saída do Canal de Marapendi para o mar virou uma aventura emocionante.

    – Senta e segura firme – disse Fábio.

    Assim fizemos  e com muita tensão, conseguimos atravessar a boca do canal que estava sacudindo bastante devido aos fortes ventos,e fomos  rumo às ilhas e Lages que ali existem onde há grande incidência de peixes.

    Preparei o material, refiz os nós, coloquei a isca com dificuldade… o barco balançava bastante e meus amigos riam dizendo:

    – Eu avisei para arrumar o material lá fora!

    Mas para não deixar barato eu disse que dava azar… apenas para não dar razão a ele. No entanto, parece que a supertição funcionou, pois chegando no ponto de pesca, fui logo fisgando um belo exemplar.

    – Eitaaaaa… bicho bonito – resmunguei assustado com a força do peixe, e cutucando os amigos  – parece que minha teoria estava certa, montar o material o barco da sorte mesmo! – kkkkkkkkkkkkkk 

    Briga boa, peixe forte e tomando linha. Era um enorme xerelete. O dia começou animado e eu imaginei que iríamos arrebentar nessa pescaria.

    Mas foi só imaginação…. o peixe estava manhoso demais. Seguia a isca até bem próximo do barco mas ataque que é bom, nada.

    Trabalhamos as iscas o dia todo. Peixes na superfície explodindo nas ondas e nos cardumes de pequenas sardinhas, mas em nosso material, nada! Mudamos de estratégia e fomos atrás de uns pampos para depois retonar à este local. 

    Encostamos no espumeiro e depois de muitos arremessos resolvemos sair dalí. Queria que o amigo Marcone tivesse noção de como era brigar com um peixe desses.Torci muito pela fisgada, mas não foi desta vez…  Pescamos por mais algum tempo por ali e decidimos voltar a busca pelo famoso olho de boi. 

    Retornamos ao ponto inicial, testamos outras iscas e saíram mais algumas anchovas e pequenos pargos. Curricamos bastante ao redor das lages, pescamos com jigs e camarões artificiais. Muita insistência mas sem sucesso.

     Tanta expectativa, tantos sonhos com este peixe…  Mas a estrela do dia não apareceu. Retornamos ao porto bastante cansados e com a sensação de que faltou algo! Mas isso não nos desanimou. Em breve voltaremos ao mesmo pesqueiro, com o amigo Fábio para tentar buscar estes gigantes do mar!

     A família Pescaria dos Amigos não desiste nunca!!!

    Afonso – Pescaria dos Amigos 

    Veja mais no blog Papo de Pescador

    Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Jornal Tribuna de Petrópolis.


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