Pandemia adia sonho de Esquiva de lutar pelo cinturão para 2021
A pandemia do novo coronavírus (covid-19) frustrou a expectativa de Esquiva Falcão de disputar o título mundial dos pesos médios (até 72,575 quilos) em 2020. O pugilista foi informado por seu empresário, Sérgio Batarelli, que o aumento de casos do vírus na América do Norte foi um dos motivos que levou a Top Rank, promotora de lutas de boxe profissional, a cancelar o duelo que estava marcado para o próximo dia 12 de dezembro – e que ainda não tinha adversário definido – nos Estados Unidos.
“O Esquiva é um dos maiores nomes do boxe mundial, tem 19 vitórias por nocautes na carreira e a cada luta vem mostrando superioridade e talento. A Top Rank garantiu que ele luta pelo título mundial em 2021. Era pra ser esse ano, mas todos nós já sabemos que a pandemia nos atrapalhou”, disse Batarelli em comunicado à imprensa.
Esquiva venceu as 27 lutas que realizou no boxe profissional. O pugilista nutria a esperança de que a luta de dezembro já valesse o cinturão da Associação Mundial de Boxe (WBA, sigla em inglês), atualmente do japonês Ryota Murata. O brasileiro encarou o rival asiático na disputa pelo ouro na Olimpíada de Londres (Reino Unido) em 2012. Murata venceu em combate marcado por uma arbitragem polêmica.
Ainda conforme o lutador, atletas que figuram entre os cinco melhores dos rankings mundiais de boxe teriam se recusado a enfrentá-lo, o que também colaborou com o cancelamento do combate. “Toda vez é a mesma história: os caras fogem de mim. São caras campeões, com resultados expressivos. O Murata foge direto, outros deram pra trás. Uma desculpa é porque sou canhoto, outra é por ser medalhista [de prata em 2012]. O Murata está com medo por causa da final olímpica”, desabafou Esquiva, também em nota aos jornalistas.
O capixaba se prepara com o técnico Robert García em Riverside, cidade no estado da Califórnia (Estados Unidos). Ele volta ao Brasil antes das festas de fim de ano, mas já retorna ao país norte-americano no início de 2021. Nesta temporada, o brasileiro lutou duas vezes, vencendo ambos os combates por nocaute. Em fevereiro, bateu o argentino Jorge Miranda. Em agosto, no primeiro duelo desde o início da pandemia, superou Morramad Araújo, paraense radicado em Manaus.