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  • 11/02/2020 12:08

    O Dia D de conscientização da “Aids” e da “Leucemia” felinas vai contar, neste sábado (15), com pelestra sobre o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) e Leucemia Viral Felina (FeLV), às 11h30. O evento, que vai das 10h às 17h, será realizado na Clínica Veterinária Amigo Bicho, no Centro, e inclui uma feira de adoção do projeto Somos Todos Protetores, além de distribuição de brindes e realização de sorteios.

    O projeto Somos Todos Protetores cuida de mais de 150 cães e gatos e  tem como objetivo ensinar e educar as pessoas como ajudar um animal necessitado e mostrar que todos podem ser protetores em potencial. Para adotar, além de amor e consciência de compromisso e responsabilidade com o animal por muitos anos, é preciso ser maior de idade, levar RG, CPF, comprovante de residência e assinar um termo de posse responsável.

    O mês de fevereiro, cujo dia mundial do gato é celebrado no dia 17, também é o mês de conscientização sobre a leucemia humana (fevereiro laranja). Além da forma neoplásica, como ocorre nos humanos, os felinos também podem ser acometidos por  outro tipo de doença também denominada leucemia. É a leucemia viral felina (FELV). Este caso não é um câncer e sim uma virose ou vírus que se aloja na medula dos animais e compromete a produção das células de defesa do organismo e das células sanguíneas, configurando um quadro de leucemia.  

    Contra esta patologia  é possível prevenir com vacina, teste FIV/FELV  e  mantendo o animal dentro de casa, sem contato com gatos que possam ter a doença, já que é transmitida de gato para gato,  principalmente por meio da saliva quando os gatos se lambem e quando as tigelas de comida e água são compartilhadas. 

    De acordo com a médica veterinária, com trabalho especializado em felinos, Priscila Mesiano, o vírus da imunodeficiência felina (FIV), ou “aids felina”, também é uma forma viral que pode causar muitos tipos de doenças, bem como a morte em gatos infectados. “Esses vírus não infectam seres humanos ou outros animais. O vírus da imunodeficiência felina é mais comum em gatos machos que não são castrados e em gatos que brigam entre si, sendo menos frequentes em filhotes e gatos adultos castrados. Geralmente transmitido pela saliva ou por feridas”, explica.

    “Os números das doenças na América Latina são bem alarmantes. Só para poder comparar, na América do Norte, cerca de 3 a 5% dos gatos testados estão infectados com o FIV e na América Latina, até 25% dos gatos testados estão infectados. Quando o assunto é FeLV, a distância aumenta, já que são 4% dos testados infectados na América do Norte, para 42% dos testados infectados na América Latina”, cita.

    Os sintomas dos animais com as doenças podem variar. Um gato recém-infectado com FIV pode apresentar doença leve, febre ou diminuição no apetite. Essas primeiras alterações duram em torno de um dia ou dois dias e o animal pode ficar assintomático novamente. Mesmo assim, pode infectar outros gatos. Mais tarde na vida, a infecção  pode voltar a se tornar ativa, com sinais de doença, enfraquecendo o sistema imunológico, deixando o gato em risco de diferentes infecções. O vírus também pode causar câncer em gatos infectados. Como pode demorar muitos anos para o vírus se tornar ativo outra vez, muitos gatos infectados com FIV podem viver vidas longas e saudáveis.

    “Quando exposto pela primeira vez ao FeLV, um gato pode não mostrar nenhum sinal de doença. Alguns gatos eliminam o vírus completamente do seu corpo. Outros  são capazes de controlar a infecção, prevenindo doenças. Em alguns gatos, a infecção se tornará ativa em seu corpo e eles  desenvolverão problemas como anemia ou câncer. Esses problemas podem ser graves e até fatais”, esclarece Priscila.

    Não existem vacinas disponíveis nos Estados Unidos, Canadá ou Brasil que possam proteger os gatos de infecção pelo FIV. As vacinas contra FIV estão disponíveis apenas em poucos países do mundo. Várias vacinas para proteger gatos de infecção por FeLV estão disponíveis, inclusive no Brasil. A vacina quíntupla felina também protege contra panleucopenia felina, calicivirose, rinotraqueíte e clamidiose. A vacinação é recomendada para todos os filhotes, sendo ministrada novamente um ano depois e a cada 12 meses  para gatos que têm acesso ao ar livre. 

    “Sempre que seu gato estiver doente, deve ser testado para infecção por FIV e FeLV. Se o seu gato vai ao ar livre ou briga com outros gatos, podem ser necessários testes regulares. Se o seu gato é novo na família, recomenda-se o teste antes de introduzir o novo gato na casa. Se o seu gato tiver um resultado positivo para FIV ou FeLV, outros testes podem ser recomendados pelo seu veterinário”, alerta.

    Infelizmente, não existe a cura destas doenças. Gatos infectados devem visitar o veterinário para exames regulares, pois isso e uma vida de baixo estresse o ajudarão a viver saudável e feliz por muitos anos. Gatos infectados devem viver dentro de casa para que eles não infectem outros gatos. Outros gatos na mesma casa devem ser testados para FIV/FeLV. Em alguns casos, gatos que vivem juntos podem precisar ser separados para evitar a propagação de infecção. “Lembrando que se houver outros gatos em casa ou falta de tigelas de comida, tigelas de água e caixas de areia, isso pode causar estresse porque a maioria dos gatos não gosta de compartilhar. Manter caixas de areia, tigelas de comida e água limpas também é importante”, finaliza.

    SERVIÇO:

    FeLV Day Amigo Bicho/ Feira de Adoção Somos Todos Protetores

    Sábado – 15 de fevereiro – 10h às 17h 

    Clínica Veterinária Amigo Bicho

    Rua Montecaseros, 414, Centro – Petrópolis/RJ

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