Suposta mudança foi informada em uma reunião realizada na escola; de acordo com o CEI, é possível que não haja mais turma do 4º período no próximo ano por conta da instalação de uma sala de recursos
Pais de alunos do CEI Marli Soares Ferreira Netto, no bairro Dr. Thouzet, em Petrópolis, têm ficado preocupados com a notícia de que, a partir do ano que vem, os alunos que sairiam do CEI para a Escola Paroquial Bom Jesus não serão mais direcionados para a unidade de ensino, devido a instalação de uma sala de recursos. A suposta mudança foi informada em uma reunião realizada na unidade.
Para a mãe Ana Cláudia Rodrigues, essa alteração irá prejudicar os pais que trabalham fora e não têm como se deslocar para outros bairros para levar e buscar seus filhos na escola. “Vai prejudicar pais que têm um filho que já estuda na Escola Paroquial, por exemplo, enquanto o filho mais novo estuda em outro bairro.”, comenta.
A Escola Paroquial Bom Jesus atende, atualmente, crianças do 4° período (quatro anos) até o 9° ano e o CEI, crianças do berçário até o 3° Período (três anos).
“As crianças que saem do CEI e que iriam direto para a Escola Paroquial Bom Jesus vão precisar ser transferidas para outros bairros, ou seja, a escola irá precisar excluir uma turma para incluir outra. Para mim, o certo é incluir sem excluir ninguém.”, desabafa Ana Cláudia.
Com a rotina corrida devido ao trabalho e afazeres da casa, Ana Cláudia precisa deixar a filha na creche antes de trabalhar. Quem busca a criança é a avó. Porém, caso a mudança seja realizada, ela relata que precisará da ajuda de outra pessoa para buscar a filha em outro bairro. “Minha mãe tem 64 anos e um problema no joelho que a impede de ficar indo e vindo com facilidade.”, desabafa.
O que diz a Prefeitura
Embora a sala de recursos tenha sido confirmada por equipes da escola, a Secretaria de Educação informou que ainda estuda a viabilidade de abertura de uma sala de recursos na Escola Paroquial Bom Jesus para o atendimento educacional especializado dos alunos do sistema de inclusão e que estão matriculados na unidade. No entanto, esclareceu que as medidas só serão tomadas desde que os direitos de todos os alunos sejam garantidos.