Pai de Donald Trump gerado por inteligência artificial dá ‘bronca’ no filho
Um vídeo com Fred Trump, falecido pai do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foi gerado por inteligência artificial para “dar uma bronca” no filho. O curta é uma produção do The Lincoln Project, uma organização pró-democracia do país.
O vídeo possui um aviso que não desaparece da tela: “Esse vídeo foi manipulado por meios técnicos e representa discurso ou conduta que não aconteceu”. O pai de Trump, gerado por AI, diz que já sabia que o filho “faria tudo errado”, e que ele sempre achou que era uma “piada” e alguém “sem valor”. “A marca que eu construí é um lixo por sua culpa”, acrescenta o texto “lido” pelo pai de Trump.
Rick Wilson, cofundador do Projeto Lincoln, disse, em nota publicada no site da organização: “Donald Trump acabou de perder o império que seu pai construiu. Fred pode não estar conosco agora, mas neste momento imaginamos como Fred Trump reagiria ao recorde de décadas de fraude de Donald”.
De acordo com Wilson, o vídeo é uma resposta às falas de Trump que acusam seus críticos de usar IA para prejudicar a sua imagem. “Sempre dissemos que não precisa de IA para fazer Trump parecer ruim; Trump faz isso sozinho”, afirma.
Wilson destaca que o anúncio é totalmente transparente de que a narração e as imagens são geradas por IA, com avisos claros na tela de que se trata de uma obra fictícia. O projeto ressalta que o vídeo está em conformidade com a lei atual.
O ex-presidente esteve em foco nas últimas semanas após uma série de polêmicas legais. Entre elas, Trump enfrenta 34 acusações relacionadas às manobras fiscais durante a campanha para esconder o pagamento de US$ 130 mil a atriz pornô Stormy Daniels, em 2016. O depósito, duas semanas antes da eleição, teria o objetivo de comprar o silêncio da atriz para esconder um suposto caso com o magnata, o que ele sempre negou. A partir de 25 de março, Trump será o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a responder por acusações criminais diante de um tribunal.
Além disso, a Justiça de Nova York aplicou na última sexta-feira, 16, uma multa por fraude fiscal ao ex-presidente de quase US$ 355 milhões (equivalente a cerca de R$ 1,76 bilhão), e o proibiu de administrar seus negócios por três anos, de acordo com a sentença.