• Página virada na história

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  • 13/02/2019 10:00

    Antes de mais nada, gostaria de registrar meu apreço e admiração por tudo que Gastão Reis fez e faz, por nossa Petrópolis.

    Além dos comentários sobre a disputa jurídica na cidade de Poços de Caldas, o nobre autor lança-se na tarefa inglória de tentar desacreditar o plebiscito realizado durante as últimas eleições, no qual a população de Petrópolis manifestou-se claramente pelo fim do uso da tração animal nas charretes.

    Certamente, já passou o momento da argumentação sobre turismo, empregos ou mesmo defender as condições sofríveis vividas pelos pobres cavalos, há tanto tempo explorados.

    A população de Petrópolis foi às urnas e, em alto e bom som, 70%(setenta por cento) disseram não no plebiscito. 

    Não custa lembrar que este não foi uma sugestão dos protetores e militantes da causa animal da cidade, mas sim de um vereador, favorável à atividade, certamente acreditando que pudesse validá-la definitivamente. 

    Seguindo a preparação do ambiente, a resposta favorável à manutenção da tração animal veio em primeiro lugar na urna eletrônica. Estavam convictos de sua vitória, sem nenhuma ironia de minha parte.

    Não contavam com o imenso desgaste das charretes diante da população, cansada de assistir animais desmaiando de exaustão, magros, sem um abrigo ou assustando-se ao circular no caótico centro da cidade. E, obviamente, também estavam cientes da falta de conservação adequada das antiquadas charretes que estavam longe de ser um cartão de visita positivo para os turistas.

    Todos sabem que muitos destes simpáticos pangarés, costumam fazer longos trajetos, vindos de bairros distantes como Duarte da Silveira ou Bingen e para lá retornando depois de um longo dia de trabalho, sempre puxando aquela charrete velha e pesada, sem direito ao repouso necessário.

    Cogitar que a população da cidade não entendeu corretamente o questionamento feito pelo TSE é menosprezar a consciência daqueles 70% que votaram em massa, pelo fim da atividade.

    Felizmente, tudo foi decidido democraticamente e esta é uma página virada de nossa história. 

    Agora apenas aguardamos que o Tribunal Superior Eleitoral homologue o resultado, para que nossa cidade seja mais humana, sustentável e capaz de atrair ainda mais turistas, pelo respeito aos direitos dos animais.

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