• Padrasto e mãe confessam agressões que levaram a morte de menina de quatro anos; irmão mais velho também sofria violência

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 19/07/2021 12:56
    Por Janaina do Carmo

    O padrasto e a mãe da menina de quatro anos, morta depois de ser espancada, confessaram em depoimento na delegacia, que a criança era constantemente agredida. O homem, de 27 anos, e a mãe, de 29 anos, foram presos em flagrante na sexta-feira (16), depois que a menina morreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Alcides Carneiro (HAC) por traumatismo craniano. Nesta segunda-feira (19), o casal passa pela audiência de custódia no Fórum do Rio de Janeiro.

    Segundo o delegado titular da 105ª Delegacia de Polícia (DP), João Valentim, a mãe disse que também era agredida pelo companheiro e por medo não denunciou as agressões que a menina sofria. O casal está junto há três anos e a violência contra a criança começou há cerca de um ano.

    Ainda de acordo com o delegado, o irmão mais velho da menina, de sete anos, também era agredido pelo padrasto. O casal tem ainda um bebê, de quatro meses.

    Essas duas crianças estão em casas de acolhimento. João Valentim informou ainda que a família vinha sendo assistida pelo Conselho Tutelar, mas que as agressões evoluíram nos últimos meses.

    A família morava na Rua Rio de Janeiro, no Quitandinha. As sessões de tortura pela qual passava a menina foram confirmadas pela perícia, que indicou que a criança tinha síndrome de silverman ou sindrome da criança espancada, devido as lesões com cicatrizações antigas e recentes. Em um dos momentos de violência, ocorrida em janeiro desse ano, a menina teve ambas as mãos e as costas queimadas com água fervendo.

    De acordo com o delegado, o padrasto tem passagens por furto e tráfico. O casal vai ser indiciado por homicídio e tortura.

    Últimas