Pacientes aguardam até cinco horas por atendimento de emergência no Hospital Alcides Carneiro
Quem precisa de atendimento de urgência e emergência no Hospital Alcides Carneiro está tendo que ter muita paciência na fila de espera. Nessa quinta-feira, pacientes chegaram a ficar mais de cinco horas para o primeiro contato com o médico. Antes do atendimento, enfermeiros alertaram sobre a possível demora devido à presença de um único médico atendendo.
Uma senhora, que pediu para não ser identificada, chegou às 9h para atendimento e só conseguiu ir embora às 13h. "Estou aqui há muito tempo esperando atendimento do médico. Passamos pela sala de enfermagem e ali nos orientam a buscar uma outra unidade caso a nossa doença não seja muito séria, porque só um médico está atendendo. Isso não é o que merecemos. Pagamos nossos impostos para isso?" reclama a idosa.
Outra paciente, que apresentava dores na barriga devido a uma hérnia, chegou à unidade às 12h e só conseguiu atendimento do médico às 17:30 horas. "Estava com tanta dor que não tinha outra opção a não ser esperar. Difícil só um médico atender tanta gente. O pior de tudo é que depois da demora para atendimento com o médico, ainda temos que esperar por resultados de exames. Enquanto isso, ficamos aguardando", relata a cozinheira Leila Garcia de 53 anos.
"Estou desde 11h, com fome e com dor. Um absurdo essa situação. Olha o que temos que passar. E agora, até fazer o exame de sangue, será outra demora, porque já avisaram que a máquina está quebrada. Vou ficar aqui aguardando e sem comer, juntei um dinheiro só para passagem. É muito triste e constrangedor", conta o morador do Independência, Juliano Teixeira, de 34 anos.
O problema tem sido frequente, segundo frequentadores da unidade. A manicure Priscila do Nascimento, de 31 anos, ficou, na quarta-feira, durante todo o dia aguardando atendimento. "Fiquei das seis da manhã até 17h esperando atendimento para o médico simplesmente olhar para minha cara e receitar um remédio de dor abdominal. Um atendimento de menos de 1 minuto, só para ouvir o que eu disse, sem nem me examinar. Essa é a nossa saúde petropolitana", relatou Priscila.
Apesar das informações prestadas pela equipe do Hospital Alcides Carneiro sobre a redução do número de médicos na Emergência, a Prefeitura informou em nota que o setor operou com três médicos, ontem, sem restrição nos atendimentos.