O que era pra durar apenas 6 meses já se arrasta por mais de dois anos. Emerson Barbosa Augusto, de 48 anos, aguarda a retirada de um cateter colocado em um de seus rins em 2018. Ano passado as cirurgias eletivas foram suspensas e nesse ano, a desculpa é que não há vagas.
Em 2018, Emerson precisou ser internado com urgência no Hospital Alcides Carneiro por causa de uma infecção urinária. Seu quadro agravou após a alta médica e ele acabou voltando ao hospital por causa de uma crise renal e foi preciso que usasse um cateter. O tubo foi conectado a um dos seus rins, e a previsão era de ele fosse removido em seis meses. O que não aconteceu.
No ano passado, Emerson passou por uma outra cirurgia, mas não havia condições da retirada do tubo. A recomendação pós-cirurgica era de ele fosse encaminhado com urgência para uma nova cirurgia para a remoção do cateter. Essa demora de mais de dois anos pode custar um dos rins do paciente.
Emerson tem distrofia muscular degenerativa, é uma doença rara que pode atrofiar seus músculos. Por causa da demora na remoção do cateter, seu organismo cicatrizou com o tubo e segundo o paciente, isso pode lhe custar um dos rins. “O que era para ser uma coisa simples agora ficou muito mais grave”, desabafa.
Após a Tribuna questionar sobre a demora na marcação da cirurgia do paciente, a Secretaria Municipal de Saúde respondeu que “o paciente citado está com agendamento marcado para realizar cirurgia urológica no Hospital Alcides Carneiro na próxima quarta-feira (30/06)”.
*Matéria atualizada às 19h05.