Pablo Marçal dá entrevista a jornal argentino ao lado do agressor de marqueteiro de Nunes
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), concedeu entrevista para o jornal argentino La Nación, durante a noite da última sexta-feira, 27, com a ajuda do assessor Nahuel Medina, que desferiu um soco contra o marqueteiro Duda Lima, do prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo Flow News na última segunda-feira, 23. Ao jornal, o ex-coach não mencionou o episódio no Flow, mas mostrou o ferimento resultado da cadeirada que recebeu do apresentador José Luiz Datena (PSDB).
La Nación vem apresentando o candidato como uma figura disruptiva na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ao se apresentar, o prtbista levantou o braço imobilizado dizendo ainda possuir marcas da agressão. Ao ser questionado se precisou ser hospitalizado, Marçal disse que passou três horas em procedimentos hospitalares por conta de fraturas na costela.
Em certo momento, o programa chegou a exibir uma chamada afirmando que o ex-coach teria sido atacado por um candidato da esquerda, fazendo menção a Datena. No entanto, o apresentado não se considera parte desse viés político.
Em sua participação, que durou pouco menos de cinco minutos, Marçal contou com o auxilio de Medina para interpretar e responder as questões. Ao ser questionado sobre as comparações entre ele e o presidente argentino, Javier Milei, o ex-coach respondeu mesclando o português com o espanhol: “Tenho muito respeito por Milei, mas sou Pablo Marçal do Brasil”.
O entrevistador ainda disse para o candidato que ele é conhecido por ser um bolsonarista ao extremo. Marçal negou a colocação e se posicionou como “um conservador que está lutando contra um grupo grande da esquerda”. Durante a campanha eleitoral, Marçal e o ex-presidente Jair Bolsonaro fizeram acenos mútuos, mas também protagonizaram episódios de desavenças. Bolsonaro apoia formalmente a reeleição de Ricardo Nunes na disputa.
O prtbista também se referiu a Lula como pai do comunismo e disse que o presidente está no fim de sua carreira, motivo pelo qual o candidato diz se animar, pela possibilidade de colocar novas pessoas na politica brasileira. “As pessoas foram sequestradas emocionalmente por ele (Lula). O M ( símbolo de sua campanha) não é apenas de Marçal, mas também de mentalidade”, disse.