• Outubro Rosa termina com mutirão de cirurgias para reconstrução de mama

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  • 31/10/2017 15:05

    “A sensação que eu estou sentido é que, finalmente, estou curada e pronta para voltar à minha vida normal”, emociona-se Ligia Vieira Alves, 54 anos, diagnosticada com câncer de mama em 2015. Nesta segunda-feira (30.10), ela foi uma das cinco pacientes a passar por cirurgia para reconstrução mamária no Hospital Alcides Carneiro. Em Petrópolis não há fila para o procedimento e, neste ano, foram realizadas 250 cirurgias. Houve, ainda, aumento de 80% dos atendimentos para diagnóstico precoce de câncer junto à Atenção Básica.

    A Prefeitura, em parceria com o hospital, realizou o mutirão com 15 profissionais, entre cirurgiões, anestesistas, enfermeiros e técnicos do HAC e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A reconstrução, além de devolver a autoestima das pacientes, garante a finalização do cuidado às pacientes que venceram o câncer de mama.

    Segundo o prefeito Bernardo Rossi, 464 mulheres com câncer de mama estão em tratamento no município atualmente. Ele diz que não medirá esforços para que o número de mulheres atendidas pelo SUS aumente. Petrópolis também recebe pacientes de outras cidades para tratamento.

    “O trabalho está começando na Atenção Básica e está integrado com o hospital em toda a linha de tratamento, acompanhamento e, agora, com as cirurgias reparadoras. Isso, para a mulher, é muito importante, pois devolve a autoestima e confiança após vencer uma batalha muito difícil. Vamos continuar trabalhando para ampliar o acesso dessas mulheres aos serviços do nosso município”, destaca Bernardo Rossi.

    Uma nova etapa da vida de quem venceu o câncer de mama

    O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. Depois do câncer de pele não melanoma, o de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), só no ano passado, a previsão era de mais de 57 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Em Petrópolis estão em tratamento – moradoras e mulheres de outras cidades – 464 pacientes.

    A dona de casa Ligia Vieira Alves, 54 anos, passou por 12 quimioterapias e 30 sessões de radioterapia, além da retirada de um quadrante da mama. A reconstrução marca uma nova fase na sua vida.

    “Não sei explicar a sensação que estou sentindo, depois de todo o tratamento que foi muito difícil. Estar aqui hoje é uma vitória. Essa cirurgia significa, para mim, a cura. É uma nova fase, um recomeço pra voltar a vida normal”, diz.

    O cirurgião plástico, João Medeiros, comandou o mutirão ao lado do mastologista Carlos Vinicius Pereira Leite e uma equipe de 15 profissionais. A equipe operou as cinco pacientes assistidas pelo HAC. Ambos, em suas especialidades, são referência em Petrópolis e no estado.

     “Esse é o segundo mutirão que realizamos, mas é evidente a crescente dos nossos procedimentos no hospital. Hoje não há fila para realizar a cirurgia e isso é uma vitória para todas as mulheres assistidas pelo Sistema Único de Saúde”, afirma João Medeiros.

    O mastologista Carlos Vinícius Pereira Leite lembra que, com a instalação de um ambulatório de reconstrução mamária foi possível realizar os procedimentos tardios e imediatos – quando as pacientes retiram as mamas e já colocam as próteses em uma única cirurgia.

    “Estamos em crescimento. No ano passado foram realizadas 33 reconstruções no ano todo e, este ano, sem contar o mutirão, são 37, além de 7 cirurgias para reconstrução imediata. Já aumentamos o número de cirurgias, que são essenciais para diminuir o trauma que o tratamento de câncer gera. É uma conquista para todas as mulheres termos condições de realizar esse procedimento com uma equipe completa e tecnologia que se equipara aos hospitais particulares”, avalia o mastologista.

    A aposentada Sandra Lídia Pereira da Costa, 55 anos, passou por uma mastectomia – retirada total da mama. No mutirão ela colocará um balão para que seja criado um espaço para acoplar a prótese de silicone.

    “Eu não vejo a hora de colocar o silicone. Comprei aquelas próteses de enchimento, que parecem seios falsos, mas tinha vezes que esquecia de colocar e sair sem é algo muito chato. Assim que tiver com o silicone vou querer passear muito e conseguir um emprego para ocupar os meus dias. A cirurgia vem celebrar um novo momento na minha vida e eu só tenho que agradecer”, emociona-se Sandra Lídia Pereira da Costa.


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