Outono e inverno são as melhores épocas para reverter o melasma

O período frio é a melhor época para clarear manchas de pele, como o melasma. O problema caracteriza-se com o surgimento de manchas escuras na pele, geralmente na face (testa, bochecha e buço), mas que também pode ocorrer nos braços, pescoço e colo. É mais comum nas mulheres e não há uma causa definida. Entretanto, muitas vezes, está relacionada ao uso de anticoncepcionais, gravidez e exposição solar. A predisposição genética também influencia no surgimento do melasma. 

De acordo com a dermatologista Ana Paula Bonvini as manchas são bem definidas e irregulares, geralmente simétricas (iguais nos 2 lados). “Muitas vezes, as pessoas com melasma podem agravar a condição com um tratamento ou procedimento inadequado, ocorrendo piora importante das manchas”, alerta.

O dermatologista é o profissional mais indicado para diagnosticar e tratar esta condição. Os tratamentos variam entre peelings, lasers, luz pulsada e a formulação de produtos para uso doméstico, mas sempre incluem orientação de proteção contra raios ultravioleta (pelo sol) e luz visível (lâmpada, celular e computador, por exemplo).

"O melasma é uma condição crônica que pode voltar caso a prevenção básica de proteção a luz não seja respeitada mesmo em dias nublados ou chuvosos. O indivíduo com melasma tem que estar ciente de que a mancha clareia, mas nunca vai embora. O tratamento deve ser feito por toda a vida, mantendo a mancha despigmentada ou tratando as possíveis recidivas", esclarece.

A questão afeta e muito a autoestima de mulheres em busca do tratamento e está entre as queixas mais comuns nos consultórios dermatológicos. Segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a estimativa é de que o melasma acometa de 15% a 35% das mulheres brasileiras. Costuma surgir por volta dos 30 anos e tende a ficar mais controlado após a menopausa. Esse tipo de mancha surge devido à superprodução de melanina (pigmento que dá cor à pele) ou à hiperdilatação de vasos sanguíneos.

Micoagulhamento

Também conhecido como skinneedling, busca estimular a derme com máxima preservação da epiderme. Requer execução do médico dermatologista para observar requisitos de biossegurança em todos os procedimentos. 

Trabalha na camada superficial da pele (epiderme), por meio do rolamento de um cilindro estéril e descartável com pequenas agulhas. O laser e o microagulhamento são opções reais no controle do problema, pois provocam a abertura de micro-canais, facilitando a entrada de medicamentos, o que é comumente chamado no meio científico como "drug delivery".

Além do uso no melasma e outras manchas, é indicado para rejuvenescimento, cicatrizes de acnes e gerais, estrias, queda de cabelo e calvície. Atualmente, algumas plataformas de laser trabalham com microagulhamento de radiofrequencia, o que aumenta o estímulo de colágeno.