• Ossada some no Cemitério Municipal: caso está sendo investigado pela polícia

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  • 02/06/2021 17:08
    Por Janaina do Carmo

    O sumiço de uma ossada de uma gavetas do Cemitério Municipal de Petrópolis, localizado no Centro da Cidade virou caso de polícia. A denúncia foi feita pela família de Antônio Celestino de Araújo, de 83 anos, que faleceu em maio de 2018. Eles contaram em depoimento na delegacia que os ossos encontrados no momento da exumação, ocorrida em maio deste ano, não eram de Antônio e querem agora que seja realizado um teste de DNA.

    O caso foi registrado na 105ª Delegacia de Polícia (DP), no Retiro. Em nota, o delegado titular João Valentim informou que foi instaurado inquérito e que as diligências estão sendo realizadas a fim de apurar as circunstâncias do fato. O sumiço da ossada também está sendo investigado pela Prefeitura, que informou ter aberto uma sindicância para apurar o caso.

    A filha de Antônio, Inara Aparecida Araújo, contou que percebeu que a ossada não era do seu pai quando pediu para funcionários do cemitério que abrissem a sacola plástica onde estavam os restos mortais. Segundo ela, o crânio tinha dentes, enquanto que Antônio usava prótese dentária em cima e embaixo. Além disso, Inara também percebeu que havia poucos ossos na sacola e todos de tamanho menor do que o pai, que media cerca de 1,90m.

    Antônio faleceu depois de complicações após aguardar por uma cirurgia de fêmur. Após a exumação, feita no dia 17 de maio, a família iria colocar os restos mortais dele na campa de um familiar. “Quando abriram o caixão percebemos que não eram os ossos do nosso pai. Tinham poucos e eram pequenos, meu pai era alto. No cemitério falaram que a gaveta estava correta, ninguém soube explicar o que aconteceu”, disse Inara, afirmando, ainda, que teve um sentimento de decepção quando viu que os ossos não eram de seu pai.

    Cemitério tem histórico de problemas

    Problemas nos cemitérios da cidade vêm sendo denunciados com frequência pela Tribuna. Há anos a falta de vagas, o desleixo e falta de manutenção com os espaços vêm sendo alvo de queixas e denúncias de familiares dos mortos. Na semana passada, um vídeo mostrando ossos em meio as sepulturas ganhou repercussão e gerou críticas da população com o descaso do poder público com os cemitérios.

    As cenas foram gravadas na parte mais alta do Cenitério Municipal do Centro onde ficam as chamadas covas rasas. A Prefeitura também informou, em nota, que abriu sindicância para apurar o fato e pediu desculpas pelo ocorrido.

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