Os sapientes insipientes
Sei que sou antiquado e também que não vou reformar o mundo nem as pessoas, mas nem por isto posso me calar diante do que classificam de “programa cultural” que mais deveria ser “deboche cultural” de criativos com tanta letargia mental sufocante em nossos dias. Todos querem ser “moderninhos” quando não passam de “sapientres insipientes”.
Convenhamos, dá desânimo acompanhar, pela mídia – que tem a coragem de divulgar e propagar, talvez movida por alguns “trocados”. Encontrei um recorte de nov. 2016 e me deparo (já havia esquecido) com uma cena grotesca sobre um peça teatral que estava sendo estreada no MAR – Museu de Arte do Rio, qual um pardieiro chamado de “teatro”, de um grupo de mulheres, todas nuas com as cabeças cobertas por sacos de plástico preto, talvez, por um “pudor” tardio – exibindo o ridículo de seus corpos deformados, deixando à mostra todo seu excesso de gordura e mamas avantajadas caídas sobre os corpos deformados – um espetáculo grotesco, apesar disto, há quem assista. E onde vai-se encontrar alguma cultura em tão sórdido espetáculo que vem humilhar as mulheres em geral quando recorrem a tão triste encenação que só foi superada, a meu ver, pelo grupo “os macaquinhos” no Rio Grande do Norte – e o mais grave – com recursos do MinC, quando homens e mulheres, nus, curvados em circulo, examinavam o anus do da frente. E seus idealizadores, cinicamente, explicaram que era para que cada um descobrisse que o ser humano tem um anus – o paroxismo do ridículo. por parte dos encenadores que, talvez, tenham “descoberto” o obvio, tardiamente. Mas é a tal liberdade de expressão – cruzes!
São pessoas insipientes que possuem uma mentalidade tão fértil, mas tão fértil, que só podem ter estrume na cabeça e não, miolos. É querer ser criativo sem qualificação para tal, e o órgão que fiscaliza os espetáculos públicos liberam tais permissividades em nome de um famigerada “liberdade de expressão” mas totalmente ausente de bom senso. Mas pasmem! O espetáculo vem da Bélica e aí se torna arte – continuamos sendo “macaquitos” de imitação como sempre nos classificaram os argentinos – e com razão.
Pessoas desprovidas de bom senso e de postura, para mamar nas tetas do oportunismo, certamente pessoas de baixo nível, chegando ao paroxismo do mau gosto e permitindo que mulheres se exponham a tais ridículos, como nos velhos tempos do baixo meretrício da região do Mangue, no Rio.
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