Os muitos benefícios da corrida de rua na terceira idade

Que todo mundo vai envelhecer e um dia morrer não há dúvida. Somos o único ser vivo que sabe disso. Seu cachorro, seu gato não sabem. A questão é: como envelhecer com saúde sentindo menos os efeitos deletérios naturais com o avanço da idade relacionado a certos estigmas. É natural um declínio da capacidade cognitiva, da força física, além da chance do isolamento social na aposentadoria e/ou possíveis perdas de entes queridos. Além disso, ainda tem as doenças não transmissíveis como hipertensão arterial, diabetes, colesterolemia e as neurodegenerativas. Pois bem. A prática regular de qualquer atividade física é capaz de postergar todos esses males. Especialmente a corrida de rua, que tem a vantagem do relacionamento social, que é um fato marcante evitando a depressão e a ansiedade.

Um estudo robusto mostrou que a atividade física moderada e intensa mínima de 150 minutos por semana – recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é capaz de evitar atrofia cerebral. Das 71 áreas analisadas houve diferença significativa no volume intracraniano em 48 delas, especialmente o lobo frontal, responsável pelo pensamento, planejamento e emoção. (Salles et al. 2023).

A boa notícia. Engana-se que os idosos (“supostamente” velhos) estão correndo pouco. O Recorde Mundial masculino dos 10 km na faixa etária 60+ pertence ao escocês Alastair Walker, com o tempo de 34m 32s. No feminino, a portuguesa Rosa Mota (lembram dela na São Silvestre de 1981 a 1986?) bateu os 10 km com 38m37s. na faixa etária de 65/69 anos. Aqui em Petrópolis a disputa acima de 70 anos é acirradíssima. Enfim, não importa quantos anos você vai viver; importa quanto tempo a sua saúde vai durar. Faça a sua parte. “Papai do céu” faz a dele.

**Literatura sugerida: Salles, Pablo Giovanni H. et al. Os Benefícios da Corrida de Rua na Terceira idade. (2022).