• Orquidário Binot: um refúgio na cidade de Petrópolis

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  • Por Aghata Paredes

    No bairro Retiro, em Petrópolis, petropolitanos e turistas encontram refúgio num local especial, fundado em 1870. Enquanto alguns vão ao Orquidário Binot com a intenção de comprar plantas e flores para compor ambientes, outros vão apenas para admirar, por algumas horas, a diversidade das espécies e acalmar a mente.

    Foto: Aghata Paredes / Redação

    Quem o visita também tem a oportunidade de respirar um pouco a história do local. Sobre isso, Maurício Verboonen, integrado ao orquidário desde 1979, comenta: “A história do Orquidário Binot se confunde com a história de Petrópolis.” Isso porque o refúgio petropolitano possui 152 anos. Você sabe quem foram os responsáveis pela fundação do Orquidário? O paisagista Jean Baptiste Binot, bisavô de Maurício, que decidiu deixar a Europa e escolher Petrópolis, em 1845, como residência, e o Imperador Dom Pedro II. 

    Por dentro dessa história…

    Em 1854, Dom Pedro II convidou o jardineiro-horticultor para executar os jardins de sua residência de verão, atualmente, o Museu Imperial. Depois de executado esse trabalho, Dom Pedro deu a ele, como prêmio, o terreno onde hoje é o Orquidário Binot. Aliás, quem visita esse grande cartão-postal de Petrópolis, reaberto ao público na última terça-feira (29), entende a gratidão de Dom Pedro. 

    O filho de Jean, Pedro Maria Binot, com os conhecimentos de horticultura obtidos na Bélgica, retornou ao Brasil e passou a coletar orquídeas e plantas tropicais. Nessa época, as plantas eram destinadas à exportação. Em 1870, ele levou o primeiro lote de plantas à Bélgica. Dessa forma, foi fundado o Etablissement P.M Binot. Foi ele o responsável pela construção das primeiras estufas e pela introdução de espécies sul-americanas de Cattleya no Brasil. Em 1911, Pedro faleceu. Quem assumiu o orquidário foi seu enteado, Georges J. A. Verboonen. Depois de sua morte foi a vez de Jorge Verboonen. Em 1845, o nome do estabelecimento foi mudado para Orquidário Binot. 

    Desde 1979, quem mantém as tradições do local é o Sr. Maurício Ferreira Verboonen. Engenheiro agrônomo e dedicado, ele faz parte da 5ª geração da família que trabalha com orquídeas. 

    Fotos: Aghata Paredes / Redação

    Maurício conta que o Orquidário Binot cultiva e produz centenas de orquídeas e outras plantas, trabalhando, inclusive, com materiais genéticos. O objetivo, neste caso, é realizar melhoramentos e fazer hibridações.

    O local recebe milhares de visitantes anualmente. “Podemos falar em 50 mil pessoas por ano, sem exageros.”, comenta Maurício. Alguns minutos no orquidário e, logo, uma sensação de paz surge. Impossível não manter os olhos atentos às cores vibrantes. Mais de perto, algumas orquídeas presenteiam os visitantes com o seu perfume. Além disso, a música calma ao fundo pode ser um segredo antigo não apenas para o cultivo de tantas espécies, mas da experiência, como um todo, oferecida no orquidário. 

    Orquídea ou arte? 

    Um pouco de cada…

    Fotos: Aghata Paredes / Redação

    Questionado sobre os tipos de plantas mais fáceis de ter em casa, Maurício comenta: “Aqui nós temos uma infinidade de plantas para áreas internas. A orquídea Phalaenopsis, por exemplo, cresce em ambientes com pouca luz, mas com boa circulação de ar. O ideal é regar a terra duas vezes por semana. Os antúrios, os Ficus Lyrata e as samambaias também são fáceis de ter em casa.”

    Foto: Aghata Paredes / Redação

    O espaço está aberto para visitação diariamente, das 08h às 18h. Os visitantes podem aproveitar a área de exposição permanente, de 1.000 m², a área de cultivo e o lago com carpas. A entrada é gratuita. 

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