• Oposição venezuelana decide encerrar governo interino de Guaidó

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  • 31/12/2022 08:12
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    A oposição venezuelana pôs fim, nesta sexta-feira (30), ao “governo interino” de Juan Guaidó, reconhecido pelos Estados Unidos e pelo Brasil, após quatro anos de uma ofensiva frustrada para tentar depor o presidente socialista Nicolás Maduro.

    Reunida no Parlamento eleito em 2015, de maioria absoluta e que defende a sua continuidade por considerar fraudulenta a vitória do chavismo nas eleições legislativas de 2020, a liderança opositora decidiu pelo fim do governo interino a partir de 5 de janeiro, por 72 votos a 29 e 8 abstenções.

    A derrota política de Guaidó, rosto da oposição ao governo de Maduro perante a comunidade internacional, ocorre quando os adversários do presidente planejam eleições primárias nas quais definirão quem o enfrentará nas eleições previstas para 2024.

    Guaidó, presidente da Assembleia opositora, não conseguiu formar maioria para manter a figura interina apesar de alertar em vídeo publicado dois dias antes, que sua eliminação implicaria em “risco real de perder bens, ações judiciais ou mesmo ser entregue ao ditador”.

    A decisão foi tomada por ex-deputados da Assembleia eleitos em 2015 que continua a exercer paralelamente e simbolicamente, apesar de seu mandato ter terminado em 2021. Maduro recuperou o poder da Assembleia Nacional.

    Os partidos que votaram a favor da eliminação do período interino propõem a criação de uma comissão encarregada de administrar o patrimônio do Estado da Venezuela no exterior que ainda estão nas mãos da oposição com reuniões do Banco Central da Venezuela e a estatal petrolífera PDVSA, para manter assim o controle da Citgo – refinaria com base em Houston (EUA) anteriormente controlada pelo governo Maduro.

    (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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