Operação prendeu quadrilha que furtava armas de bancos para vender a traficantes
Policiais civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) prenderam, nessa quarta-feira (9), três membros de uma quadrilha de Santa Catarina que furtava armas de bancos para vender a traficantes do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Havia contra eles mandados de prisão temporária pela prática dos crimes de associação criminosa e furto a instituições financeiras.
As prisões ocorreram após longa investigação, que começou quando a equipe da delegacia obteve informação da existência de um grupo especializado em furtar agências bancárias com o objetivo principal de furtar as armas de fogo dos vigilantes que trabalham nos estabelecimentos. O grupo também arrombava cofres e caixas eletrônicos com o uso de maçarico.
Em pesquisa realizada pelo setor de inteligência da DPCA, foi possível identificar a ocorrência de, ao menos, 15 furtos a bancos com essas características praticados pelo mesmo grupo desde maio deste ano. Foram analisadas imagens das câmeras de segurança das agências furtadas e do seu entorno, sendo possível identificar os veículos utilizados pelos autores na ação criminosa. A partir dessa informação, a equipe da delegacia iniciou um trabalho de monitoramento, que identificou e prendeu os criminosos, que estavam no município de Magé, na Baixada Fluminense.
Ainda segundo as investigações, o grupo furtava revólveres que eram utilizados pelos vigilantes das instituições financeiras e vendiam para traficantes da comunidade da Maré, que empregavam as armas, principalmente, para praticar roubos na região, muitas vezes por menores de idade. Um levantamento da DPCA apontou que o grupo já havia roubado mais de 50 armas de fogo.
Os três presos, que são do município de Joinvile, em Santa Catarina, possuem diversas passagens pela polícia pela prática do mesmo crime em várias cidades do Brasil e até do exterior. Todos estavam cumprindo pena em regime semiaberto quando foram capturados. A partir da prisão dos criminosos e da apreensão dos seus telefones celulares, a investigação prosseguirá para identificar os traficantes receptadores das armas furtadas, bem como um possível esquema de lavagem de dinheiro por parte do grupo.